Prestativo e paquerador

Depois da aventura que foi fazer "rainbow cake" com o Theo, sobrou um tantão de louça para lavar, claro. Mas olha só quem, voluntariamente, subiu no banquinho e colocou a mão na massa:


E depois nem foi preciso relavar, ele fez direitinho! É para casar, né? Iiiih, mas tem uma fila, viu, meninas? Porque, além de prestativo, este meu sobrinho lindo tem uma lábia com mulheres...

Bolos coloridos

Fazia tempo que eu queria fazer bolo colorido com o Theo, tipo aqueles rainbow cakes que vejo por aí. Aproveitei que íamos passar o feriado da semana passada em Itu e comprei os corantes.
O plano era fazer o bolo em sete camadas, uma de cada cor, intercalando com recheio de creme pâtisserie. Para isso, usei uma receita que em casa chamamos de "bolo de bolo", ou seja, um bolo simples. Fiz duas receitas, colori e comecei a assar pela massa vermelha. Aí assei a azul. Só que elas saíram muito fininhas do forno, e eu hesitei. Achei que não fosse dar certo. Então usei o restante em apenas uma assadeira. Só que, depois que fiz isso, vi que teria funcionado certinho se eu tivesse continuado assando uma de cada vez e empilhado depois, como tinha planejado... Ah, tudo bem. Usei as duas massas que já estavam assadas, cortei em vários pedaços e fiz um pequeno bolo com camadas alternadas de vermelho e azul, recheado e coberto, que ficou lindo e foi enviado, através da minha irmã, para minha avó Rosa e minha tia Rita em Jaguariúna (vovó ligou dizendo que estava a coisa mais linda do mundo!).
Ou seja, acabei fazendo dois bolos diferentes. O outro foi assado com várias cores misturadas, recheado com o creme pâtisserie e coberto com um glacê simplezinho + confeitos coloridos. Foi divertido e é fácil de fazer (tirando o tanto de louça que suja...).

Bolo colorido (rainbow cake)

- 4 ovos
- 2 xícaras de açúcar
- 2 xícaras de farinha
- 1 colher de fermento
- 1 xícara de leite fervido com 1 colher de manteiga
- corantes alimentícios (usei o líquido)

Bater os ovos com o açúcar até ficar cremoso. Juntar a farinha e misturar bem. Bater o fermento e, por último, acrescentar o leite com a manteiga, mexendo na mão até ficar homogêneo. Dividir a massa em potinhos e colorir um a um. Para assar, juntar todas as massas coloridas em apenas uma assadeira, sem deixar que as massas misturem muito (fiz um círculo com um garfo para dar uma misturadinha de leve, senão, depois de cortar, os pedaços teriam apenas uma cor). Outra opção é assar uma a uma em forma untada, e depois juntar todas as camadas, formando um arco-íris. Para isso, eu usei uma forma quadrada de silicone, a massa desenforma muito facilmente. A temperatura do forno deve ser de 180º, mas o tempo depende da assadeira, da quantidade de massa... O negócio é fazer o teste do palito mesmo! Depois de assado, rechear com o creme pâtisserie. Uma dica: depois que passar o recheio, encaixe a parte de cima do bolo de maneira descoordenada com a de baixo, para que a cor de cima e a de baixo fiquem diferentes. Afinal, queríamos um bolo colorido, não é?

O bolo em camadas antes de ser coberto e enfeitado para ser levado para Jaguariúna

Recheio de creme pâtisserie

- 500ml de leite
- 1 lata de leite condensado
- 4 gemas passadas na peneira
- 1/2 xícara de açúcar
- 5 colheres de amido de milho
- gotinhas de essência de baunilha (a gosto)

Bater tudo no liquidificador e levar ao fogo, mexendo sempre, até engrossar. Se quiser, pode misturar uma lata de creme de leite, sem soro, depois que estiver pronto. Fica um pouquinho mais mole (não usei o creme de leite para estes bolos).

Glacê simples

- 4 claras
- 8 colheres de açúcar

Bater tudo na batedeira até ficar bem firme. Essa quantidade foi suficiente para cobrir os dois bolos e ainda sobrou um pouquinho.



O negócio são os corantes: dá para usar qualquer massa de bolo clara para fazer a mesma coisa. E é preciso se divertir! Sem isso, o bolo colorido não tem a menor graça! ;)

Cebola negra?

E depois do alho negro, que minha mãe comprou e usou em uma massa bem gostosa, apareceu a tal cebola negra.

Foto do blog Quitanda do Agrícola

Vi num blog do Estadão, o Quitanda do Agrícola. A foto, é verdade, não é exatamente apetitosa, mas o alho negro também não tem uma aparência muito bacana e no entanto é super gostoso.

E aí, dona Fátima, vamos nessa?

mjadra (arroz com lentilhas)

a cebola amarronzada tem outro sabor,

 fica maravilhosamente adocicada

fazia tempo que eu estava com vontade de comer mjadra. eu fiz pela última vez no reveillon - dizem que dá sorte comer lentilhas na virada no ano, né? -, e ficou deliciosa, com a cebola  bem crocante, como nunca tinha ficado antes.

atribui a crocância ao fato de ter fritado as cebolas algumas horas e deixado no papel toalha.

dessa vez deixei a fritura a cargo da minha empregada de saí de casa. acho que ela ficou com um pouco de medo de "amarronzar" demais a cebola, e interrompeu  o preparo antes do tempo. embora com um sabor maravilhoso, não ficou crocante.

essa receita eu aprendi com uma tia, que aprendeu com umas turcas - que é como chamavam todos os árabes e assemelhados lá na cidadezinha onde eu nasci.

mjadra (arroz com lentilhas)

1.200 kg de cebolas fatiadas
1 cebola picada
1 1/2 xícara de lentilhas
1 xícara de arroz
1 colher de óleo + o que baste p/ fritar a cebola
1 colher de azeite
sal
1 dente de alho amassado
1 colher de manteiga

frite as cebolas fatiadas em óleo até ficarem bem marrons. escorra, coloque sobre papel absorvente e reserve.
refogue a cebola picada em 1 colher de óleo e 1 colher de manteiga. acrescente a lentilha, 3 xícaras de água e cozinhe por 10 minutos, ou até ficar al dente.
em outra panela frite o alho no azeite, junte o arroz, refogue, acrescente o restante do sal, 3 xícaras de água e a lentilha.
quando estiver quase seco, acerte o sal, reduza o fogo, tampe a panela e deixe até o arroz cozinhar.
coloque numa travessa, cubra com a cebola reservada e sirva imediatamente.

lixo reciclável e óleo de cozinha - você separa?

no início de 2009 procurei o síndico do meu prédio e propus a ele que implantássemos aqui a coleta de lixo reciclável.
ele aceitou, e deixou a tarefa comigo - ele era, digamos assim, um zero à esquerda como síndico, mas isso é uma outra história. fiz a pesquisa necessária, preparei o material informativo e entreguei a ele alguns dias depois.

a coleta foi implantada somente no segundo semestre de 2009 e, no inicio, eram recolhidos semanalmente 4 ou 5 sacos  de lixo descartável.

passados cerca de 18 meses, esse volume subiu para 20 sacos de 100 litros, embora muita gente ainda resista, e não separe seus resíduos. mas é um trabalho de conscientização que, aos poucos, vai surtindo efeito. são 48 apartamentos, e acho que esse já é um bom volume, ainda que não ideal.

6ª feira da semana passada fui procurada pelo novo síndico que, interessado em implantar coleta de óleo de cozinha usado, pediu que eu o ajudasse.
pesquisei e entreguei o material pra ele na 2ª feira (4 dias atrás).

acabei de receber uma circular informando que nosso condomínio foi cadastrado no programa de reciclagem de óleo de cozinha, e já conta com um recipiente apropriado para coleta :)

isso é muito importante. o óleo de cozinha jogado no esgoto entope, não só o encanamento do apartamento e do prédio, como também é responsável pela obstrução de redes de coleta de esgoto da sabesp. além disso, pode contaminar rios e lagos (veja mais aqui e aqui).

eu faço muito pouca fritura, mas o pouco de óleo que uso eu já estava separando em garrafa pet e minha empregada levava pra alguém que faz sabão. jogar na pia ou no vaso sanitário, nem pensar!

e você? separa seu óleo e seu lixo?

fibromialgia - um desabafo

às vezes dá um desânimo...

desânimo de sentir dor antes mesmo de levantar da cama,de sentir mais dor ainda ao pisar no chão, de caminhar até o banheiro como se estivesse toda quebrada.

desânimo de sentir as mãos doloridas e sem força, os dedos repuxando meio sem controle, os braços pesados e  cansados.

desânimo de ficar 1 hora na acupuntura e sair de lá do mesmo jeito, e no dia seguinte ficar ainda pior, no rebote.

desânimo de ter dificuldade pra dirigir, mesmo sendo um carro automático, com direção hidráulica ou elétrica.

desânimo de ter que depender de marido ou filhos pra fazer supermercado ou feira, ou carregar alguma coisa pesada.

tem gente que diz que a fibromialgia é causada por depressão. eu digo o contrário: a fibromialgia causa depressão. é impossível não ficar deprimido sentindo dor o dia inteiro.
eu sou uma pessoa feliz, muito bem resolvida, mas nesses dias de dor eu tenho vontade de chorar, confesso.

ainda bem que as crises passam :)

Noite mexicana

Outro dia, minha irmã me mandou email com um link para um especial de comida mexicana, com fotos e receitas. Na mesma hora, movida pela gula, marquei um jantar com amigos para testar algumas delas.
Fiz chilli, burritos de frango, guacamole e sour cream. Quando ficou pronto, não achei tão gostoso, mas quando coloquei no prato e experimentei com nachos, hmmm. Ficou bom, sim! Com exceção do sour cream, que, para dizer a verdade, ficou com gosto de creme de leite com limão. Sim, os ingredientes são esses, mas, misturados, tinha de virar uma coisa ligeiramente diferente, não é?
O mais gostoso foi mesmo o chilli. Fiz duas receitas e, apesar de ter um monte de outras coisas para comer, não sobrou nada! E éramos só seis pessoas!
Publico aqui a receita como eu fiz, com pequenas adaptações em relação à receita original.


Chilli

1 cebola picada miudinha
4 dentes de alho amassados
1 colher de chá de orégano
1 folha de louro
300g de carne moída
2 xícaras de extrato de tomate
2 xícaras de feijão cozido sem o caldo
1 colher de salsa picada
Molho de pimenta a gosto
Queijo prato ralado grosso (para colocar por cima)

Refogue a cebola, o alho, o orégano, o louro e a carne moída em azeite até a carne ficar douradinha. Acrescente o extrato de tomate e deixe ferver até engrossar um pouco. Coloque o feijão e a salsa picada e deixe ferver por mais dez minutos. Adicione o molho de pimenta e desligue o fogo. Polvilhe com o queijo ralado e sirva quente, acompanhado de nachos (no caso, comprei Dippas), guacamole e sour cream.

blog de cara nova

como vocês já perceberam,  a cara do blog mudou.

quando eu comecei isso aqui não tinha - ainda não tenho - a menor noção de como mexer no template, e fui tentando, experimentando, e saiu aquilo que estava aí até ontem.
escolhi um template do blogspot, peguei uma foto do topo das árvores do jardim da minha casa de itu, coloquei o nome do blog por cima e pronto! dentro das minhas limitações, tava ótimo!

só que eu tenho gente do ramo aqui em casa, né?
então o filho (clique aqui e veja alguns trabalhos dele) deu uma "limpada" no layout, e a nora fez a ilustração (veja aqui e aqui outras ilustrações lindíssimas que ela faz).

eu adorei! e vocês?

Cupcakes de chocolate do Theo

Desta vez, o Theo fez cupcakes de chocolate. A melhor parte não foi fazer o bolo em si, mas decorar com brigadeiro e confeitos coloridos.
Usamos uma receita própria para fazer com crianças da chef Carole Crema, publicada no site do GNT (clique aqui para ver a receita) e que não usa batedeira. Mas, para dizer a verdade, achei que o bolo ficou com muito gosto de farinha. Já tinha feito antes e achado a mesma coisa. Aí, usei menos farinha nesta fornada, mas não adiantou.
Para a cobertura, não tínhamos barra de chocolate para fazer o ganache, então fomos de brigadeiro mesmo, que eu deixei ficar um pouquinho mais firme. Esperei esfriar para cobrir os cupcakes, para não escorrer.
Eu tinha confeitos em formato de estrelas, bolinhas e trevos, e foi o Theo quem decorou tudo. São os cupcakes mais lindos do mundo, na minha opinião.

clique sobre a imagem para ver maior

sopa de lentilhas com linguiça

a receita do pão você vê clicando aqui

acho que já falei que aqui em casa, bateu um ventinho, vou prá cozinha fazer sopa, né?

pois é! com esse outoninho chegando, a estação de sopas também já começou. uma das que mais gosto é essa, que copiei da patrícia, do technicolor kitchen.
mudei quase nada da receita. às vezes faço com tomate pelado (veja a receita original clicando aqui), às vezes com tomate fresco, e o resultado é sempre ótimo!

sopa de lentilhas com linguiça 

1 pacote de lentilhas (500 g)
1 pacote de linguiça calabresa cozida e defumada (240 g) - costumo usar aquela fininha da sadia
1 lata de tomate pelado ou 2 tomates bem picados
1 cebola bem picada
1 dente de alho
pimenta calabresa seca a gosto
2 tabletes de caldo de carne - uso o knorr vitale


numa panela alta, frite um pouco a linguiça sem óleo.
junte a cebola e o alho, acrescente o azeite e deixe refogar.
se estiver usando tomates frescos, refogue-os também, até que dissolvam.
junte a lentilha, a pimenta, o caldo esfarelado e água até uns 4 dedos acima da lentilha.
deixe cozinhar até que fique macia, juntando mais água se necessário.
acerte o sal e a pimenta.

bela vista

quando estou em itu, é essa a vista que tenho de dentro da sala :)

jardim bastante judiado...

...pede mais a presença do dono

Leitorzinho

Na nossa família, o povo gosta muito de ler. Eu comecei pelo Monteiro Lobato (e não me tornei racista, preconceituosa ou qualquer coisa que se diga hoje sobre a obra dele – análises anacrônicas, na minha opinião, mas quem soy yo, não é?), li toda a coleção do Sítio do Picapau Amarelo. Meu pai também assinava os gibis da Turma da Mônica, que chegavam embalados em um saco preto – era tão bacana receber aquilo!
E acho que criança super tem que ler, gente! Livro, gibi, sei lá. Lei-tu-ra. Eu adoro dar livros nos aniversários dos filhos dos amigos. Mas, para quem não tem "experiência com criança", digamos assim, escolher um título bacana não é fácil.
Tudo isso é para dizer que a Marcinha, que trabalha comigo e é mãe da Lídia, uma menina fofa de 7 anos que adora ler, veio me mostrar um negócio super útil para escolher livros para crianças e adolescentes, dos 2 aos 18 anos: um site da Abril, dividido em faixas etárias, com sugestões de educadores.
Útil, né?

PS: sobre o negócio do racismo em Monteiro Lobato, história que apareceu com força no fim do ano passado, alguns textos interessantes para que cada um forme a sua opinião: revista Época, revista Carta Capital, Observatório da Imprensa 1, 2 e 3.

A estreia da panela

Como eu já comentei, ganhei uma panela Le Creuset no meu aniversário de 30 anos, no dia 28 de fevereiro. Olha que coisa mais linda:


Já usei a panela para várias coisas, mas, até agora, o principal foi mesmo risoto. A razão é simples: risoto é uma coisa muito simples de se fazer. Dá para deixar as coisas separadas antes – porque fazer mesmo, só na hora, senão vira aquela "papa" – e curtir a companhia por mais tempo.
O primeiro risoto que fiz nessa panela foi de tomate, linguiça e palmito, que eu e minha mãe inventamos outro dia. Na segunda vez, fiz risoto milanês (a receita já foi publicada pela minha mãe aqui) e shimeji. A foto tá ruim, mas a comida ficou bem gostosa.


Fazer shimeji com shoyu e saquê é a coisa mais simples do mundo. Basta refogar uns 300 ou 400g de cogumelos com manteiga e, depois que murchar, colocar tipo meia xícara de saquê e mais meia de shoyu. Nada mais! Leva poucos minutos e fica ótimo. Tem gente que coloca sal ou caldo de carne, não sei como conseguem comer depois! O shoyu é super salgado e a manteiga já tem sal. E excesso de sódio, a gente sabe, faz o maior mal... Mas gosto é gosto, né não?