quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Preguicite aguda

Bom, gente, já voltei de viagem, mas ainda estou no "modo férias", se é que vocês me entendem.
O marido está em casa, o que muda a rotina, e ajuda a dar aos dias um arzinho de feriado prolongado (e usa o computador o tempo todo, sobrando pra mim o ipad com esse maldito teclado com o qual não consigo me adaptar, demoro meia hora pra digitar um textinho).

A mariana está em paris desde o dia 20, e de lá vai para praga. Só volta no começo de novembro. saudades dela, pq não nos encontramos.

Amanhã provavelmente eu vou pra itu, e só volto semana que vem.

No dia 3 o theo vai fazer uma pequena cirurgia. Coisa simples, mas fica "de molho" por uma semana.

Bom, tudo isso pra dizer que os posts sobre portugal vão demorar um pouquinho mais, mas vão sair!

Tem mais de 2.000 fotos pra baixar e selecionar, e bastante coisa pra contar.

Aguardem!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

As armas e os barões assinalados

Meu pai sempre foi adepto de castigos, digamos, criativos. Quando eu era criança e aprontava alguma, ele me punha sentada copiando trechos de Os Lusíadas. Minha irmã, que era mais novinha, tinha de fazer trocentas vezes a tabuada do, sei lá, 7. Meu irmão, o filho do meio, deve ter feito os dois tipos, português e matemática. Só podíamos sair depois de terminar, e cada um dos filhos tinha um caderninho próprio, provavelmente para, na hipótese de ficarmos de castigo ao mesmo tempo, não haver confusão em relação ao primeiro a cumprir a "pena".
Tenho de confessar que essa "criatividade" me rendeu um acerto no vestibular, uma pergunta sobre a métrica dos versos do Lusíadas. Fica fácil fazer a divisão quando vc tem várias estrofes da coisa decoradas na cabeça, sabe como é. Tenho 30 anos e ainda sei a primeira estrofe toda, apesar de ter descoberto só agora que Taprobana era o nome antigo do Sri Lanka (poxa, não tinha Google na época).
Lmbrei disso tudo porque meus pais, que estão em Portugal, visitaram o túmulo do Camões em Lisboa e nos enviaram uma foto. Já estive lá também e, sabe, fiquei mais emocionada do que quando fui ao cemitério de Père-Lachaise visitar o Jim Morrison, e olhe que eu tinha 16 anos e estrelas do rock são muito importantes na vida das pessoas quando se tem 16 anos.
Camões, grande Camões.
Meu filho tá perdido.


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Muffin de doce de leite com pedacinhos de chocolate



Doce de leite é uma coisa boa demais, né? Eu estava fuçando nas receitas que tenho arquivadas e encontrei esta de muffin, bem fácil de fazer. Fiquei com água na boca e fui testar. A receita original é do Papel Manteiga. Usei pedacinhos de chocolate meio amargo, mas cobri alguns com doce de leite puro, pra adoçar a vida pra valer. Deixei outros sem cobertura, queria comer tomando um cafezinho.

A massa é firme e saborosa, e a receita rendeu 12 muffins.




Muffin de doce de leite com pedacinhos de chocolate

- 3/4 xícara de doce de leite (use um de qualidade)
- 1/4 xícara de leite
- 1/4 xícara de óleo
- 2 ovos
- 1 1/2 xícara de farinha de trigo
- 1 xícara de açúcar mascavo
- 1 colher de sopa de fermento em pó
- 1 xícara de chocolate picado (usei meio amargo)

Peneire em uma vasilha a farinha e o fermento, depois misture o açúcar mascavo e os pedacinhos de chocolate. Na batedeira, combine o doce de leite e o leite. Acrescente o óleo e os ovos, batendo bem. Depois, acrescente a mistura de farinha e, com um fouet ou uma espátula, mexa até combinar. Distribua pelas forminhas de muffin e leve ao forno pré-aquecido em 180º, por 15 a 20 minutos (no meu forno, foram só 15). Faça o teste do palito: se sair limpo, está pronto.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Das [muitas] receitas que não dão certo

Flan de leite e mel: bonitinho, né? Mas é tão ordinário que só provando para crer...
 
E aí minha mãe foi passear em Portugal e me deixou cuidando do blog. Na verdade, não foi só o blog que eu assumi na ausência dela: tenho ficado com o Theo, meu sobrinho, quase todas as noites depois de buscá-lo na escolinha. Com isso, sobra pouco tempo para cozinhar e publicar alguma coisa aqui.

Mesmo assim, e considerando que marido e eu também precisamos nos alimentar de outras coisas que não apenas misto quente, saí caçando receitas interessantes-porém-fáceis internê afora para testar e publicar.

O primeiro "achado", por assim dizer, foi um peito de frango do Jamie Oliver, com uma casquinha crocante com alho que poderia ser feito no forno. Não trabalhamos com fritura aqui em casa, portanto, parecia perfeito. Enquanto o Theo fazia desenhos incríveis na sala, fui pra cozinha fazer o tal frango. Um tempão depois, estava pronto e... absolutamente sem graça. Meio quilo de frango com gosto de porcaria nenhuma, nem o alho aparecia. Não vou culpar o Oliver, claro, vai ver fui eu que fiz alguma besteira pelo caminho.

Depois, resolvi aproveitar o sábado para fazer um flan de leite e mel ensinado pela Donna Hay. Só para dar um charme, usei forminhas bonitinhas. Na hora de testar, foi assim: o flan saiu certinho e todo lindo da forma, chacoalhante como só um flan poderia ser. Fiquei contentita e peguei uma colherinha para provar. E aí veio a frustração. Tanto leite integral e mel de qualidade desperdiçado, minha gente. O flan era um troço sem gosto, aguado, mais sem graça que o frango do Oliver. Era não, ainda é, que não criei coragem de desenformar os outros para jogar fora ainda, que dó.

Já fiz muita receita que, por um motivo ou por outro, ficou ruim, insípida, feia, chata e boba. Teve um bolo com farinha integral com gosto de coisa velha que foi todo pro lixo; uns docinhos de gengibre tão doces, mas tão doces, que duraram mais que a eternidade; muffins salgados tão horrorosos que não tiveram salvação; uma torta de cebola com uma textura medonha e gosto de coisa crua, apesar de bem assadinha. Enfim, já deu para entender, chega de enumerar fracassos.

Tudo isso pra dizer que não, hoje não tem receita nova, e também para estabelecer aqui um compromisso público de continuar tentando fazer coisas gostosas apesar dos tropeços pelo caminho. E vâmo que vâmo.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ora pois!

marido e eu vamos tirar umas férias e viajar pra portugal :)

enquanto eu como todo o bacalhau que conseguir, a mariana toma conta do blog.

na volta mostro fotos e conto como foi. só estou meio chateada pq estava esperando uma temperatura amena e vou chegar em lisboa com 30 graus, em pleno outono. vou torcer pra esfriar!

sábado, 1 de outubro de 2011

Batata assada crocante

Eu me cadastrei para receber e-mails diários com receitas do site da Martha Stewart*. Eles chegam por volta das 9 da manhã com fotos de comidas incríveis, e eu costumo abri-los pouco antes do almoço (acho que gosto um pouquinho de sofrer).

Há um certo tempo, chegou esta receita de batata assada crocante. É um prato com cara esquisita, mas absolutamente simples nos ingredientes e no preparo. Fiz como acompanhamento para um jantarzinho com o marido, que adorou e repetiu várias vezes. Minha mãe sempre diz que a gente mede o sucesso da comida pelo tanto que as pessoas repetem. Então, olha, este tava bom!

A batata fica crocante só em cima e bem macia na parte de baixo. Para cortar, usei uma faca mesmo, tentei no ralador e ficou muuuito fino, não deu certo. Abaixo, a receita levemente adaptada por mim.


Batata assada crocante

- 3 batatas grandes descascadas e cortadas em rodelas bem finas (quanto mais finas as rodelas, mais crocantes elas vão ficar no forno. Na hora de cortar, mantenha as fatias juntas, senão fica mais difícil de montar na vasilha depois)
- 1 cebola cortada em rodelas (não tão finas quanto as batatas. Cortei com mais que o dobro da espessura)
- 1 1/2 colher de sopa de manteiga sem sal derretida
- 1 1/2 colher de sopa de azeite
- sal e pimenta a gosto

Preaqueça o forno a 190 graus. Misture o azeite e a manteiga – não use margarina, não é a mesma coisa e vai influenciar demais o gosto final, quando vc provar as batatas vai perceber do que estou falando. Pincele com essa mistura uma vasilha com tamanho suficiente para as batatas. Arranje as batatas verticalmente na vasilha. Enfie fatias de cebola entre as batatas (a receita original usava echalotes, umas cebolas pequeninas, meio roxinhas, que eram espalhadas entre as batatas). Pincele o restante da mistura de manteiga e azeite sobre as batatas/cebolas e por cima jogue sal e pimenta a gosto. Usei pimenta do reino (moída na hora, sempre!), mas pode trocar por pimenta calabresa se for do seu gosto. Se quiser jogar umas ervinhas ou outro tempero, deve ficar bom também. Dona Martha usou raminhos de tomilho, por exemplo.
Leve ao forno até ficar macio em baixo e crocante por cima. No meu forno, levou 1 hora e 25 minutos.

Clique na foto para ver em tamanho maior

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