quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Sopa de cebola IV

Os portugueses costumam começar as refeições com uma sopa, no inverno ou no verão. Acho curioso, porque sopa pra mim é prato único, geralmente quente (gazpacho, alguém? Adoro, mas, né. Não conta), de preferência com uma torradinha, às vezes um tanto de pimenta (esquenta!). Mas nada contra. Se eu for para lá de novo algum dia, topo fácil entrar na dança (em Roma faça como os romanos).

Minha mãe é tipo a louca da sopa, costumamos dizer que se ventar mais fresquinho ela já procura o panelão, e não é tão brincadeira assim. Eu janto lá na casa dela com bem menos frequência agora, mas ela não mudou isso, tenho certeza. "Old habits die hard", como diria o pai do filho da Luciana.

Esta receita de sopa de cebola veio de um daqueles livros de culinária velhos e feios, sem fotos no meio e com uma capa horrorosa, verde-amarronzada. O tipo de livro no qual eu nunca, nunca mesmo, investiria dinheiro (por isso mesmo ele pertence à minha mãe e não a mim). Sentiu o preconceito?

Não sei de onde veio o tal livro. Só sei que esta receita saiu dele e tem o excelente título de "Sopa de cebola IV". Não testei "Sopa de cebola I", "Sopa de cebola II" ou "Sopa de cebola III", e depois de fazer a "Sopa de cebola IV" não pretendo testar nenhuma outra. Aliás, faça um favor a si mesmo: esqueça outras sopas de cebola. As que levam vinho, as que são batidas no liquidificador para virar creme, nada disso é necessário, é só dinheiro e/ou tempo gasto à toa. Esqueça o preconceito de colocar creme de leite na sopa, definitivamente. Esqueça livros bonitos com fotos lindas e bem produzidas. Faça esta receita. Nem que seja para discordar e vir aqui ralhar comigo pela falta do vinho ou pela adição do creme de leite ou mimimi. A beleza da vida tá nisso. [Pura mentira, eu quero elogios à minha escolha de sopa, só elogios, muitos elogios, porque esta é a melhor sopa de cebola e ponto final]

E, para ficar ainda melhor, é uma sopa que dá pra fazer tipo hoje à noite, porque são ingredientes que geralmente temos em casa. E aqui em São Paulo tá frio! ;)



Sopa de cebola IV

- 400g de cebola cortada em tiras médias (isso dá 2 cebolas grandes, em tiras de mais ou menos meio centímetro)
- 1 e 1/2 colher de sopa de manteiga
- 1 litro de caldo (usei de legumes, mas na receita fala carne ou frango)
- 100g de queijo parmesão ralado grosso
- 1 colher de sobremesa de farinha de trigo
- 200ml de creme de leite (de caixinha mesmo, não fresco)
- sal e pimenta do reino a gosto
- fatias médias de pão (usei pão italiano e cortei em fatias de uns 2,5 cm) dourados no forno com manteiga

Doure as tirinhas de cebola na manteiga. Junte a farinha de trigo e mexa bem até dissolver. Vá despejando o caldo de legumes aos poucos, mexendo bem para não formar grumos com a farinha. Deixe ferver por cerca de 30 minutos. Junte o creme de leite e tempere com sal e pimenta do reino. (a receita manda juntar também metade do queijo ralado, mas eu não fiz isso, deixei tudo para o final).

Despeje em três ou quatro potes refratários individuais (se preferir, use uma vasilha única, mas tem menos charme), coloque uma fatia de pão sobre cada pote e cubra com o queijo ralado.

Leve ao forno para gratinar.

domingo, 5 de maio de 2013

nhoque de mandioquinha com molho mediterrâneo






adoro mandioquinha, e no dia 29* de abril vi no uol uma receita de nhoque que me deixou com água na boca.
aproveitei que os filhos - que não gostam de mandioquinha nem de nhoque - não vinham almoçar, e fiz pra mim e para o marido.
no final a natália apareceu à noite, experimentou e gostou!
o molho também foi uma surpresa, porque eu nunca tinha feito só com alho. ficou ótimo!


nhoque de mandioquinho com molho mediterrâneo
receita daqui



Nhoque




  • 1 quilo(s) de batata salsa (mandioquinha ou batata barôa)
  • Sal a gosto
  • 3 colher(es) de sopa de azeite de oliva
  • 1 ovo
  • 1 e 1/2 xícara(s) de café de farinha de trigo (eu precisei usar mais um pouco, talvez porque a mandioquinha tivesse mais água, sei lá)

Descasque e cozinhe a mandioquinha até que fique macia. Ainda quente, esprema para obter um purê e deixe amornar. Junte o sal, o azeite e o ovo. Acrescente a farinha de trigo e misture bem. 

Faça rolinhos com a massa e corte no tamanho desejado, mas não muito grandes. (eu usei a nhoqueira diretamente na panelaCozinhe em levas na água fervente com sal até que subam à superfície.
como o processo de cozinhar os nhoques é um pouco demorado eles ficam meio frios. então, depois que estavam prontos eu fervi água em outra panela e joguei todos lá dentro pra dar uma esquentadinha.

Molho

  • 4 dentes de alho fresco
  • 1/3 xícara(s) de chá de azeite de oliva
  • 2 latas de tomate pelado
  • 6 folhas de manjericão fresco
  • Sal a gosto

Corte os dentes de alho em metades e refogue no azeite de oliva. Acrescente o tomate pelado já cortado. Se quiser um molho homogêneo, bata os tomates no liquidificador (eu não bati). Acerte o sal e finalize com as folhas de manjericão. Sirva sobre os nhoques.









*Diz a lenda que no século IV, em um dia 29 de dezembro, São Pantaleão perambulava por um vilarejo da Itália. Faminto e vestido como um andarilho, Pantaleão bateu na porta de uma casa pedindo algo para comer. Apesar de ter pouca comida, a família não se importou em dividir o nhoque com o santo, cabendo a cada um apenas 7 pedacinhos. Depois de se alimentar, São Pantaleão agradeceu os anfitriões e partiu. Mas para a surpresa dos membros da família que acolheu o santo, quando eles foram recolher os pratos da mesa, encontraram dinheiro embaixo de cada um deles.

Vem daí a tradição de se comer o nhoque da fortuna (ou da sorte, como também é chamado) no dia 29 de cada mês. O ritual manda que se coloque uma nota ou moeda de qualquer valor embaixo do prato. Em seguida, a pessoa deve ficar em pé e se concentrar para fazer 7 pedidos, ou seja, um para cada pedacinho de nhoque que deve ser comido ainda em pé. Depois, a pessoa pode se sentar e comer o restante do prato à vontade. Quanto ao dinheiro usado na simpatia, muitos o guardam até o próximo dia 29, para garantir a fartura. Já outros preferem doá-lo a alguém ou, se for em um restaurante, deixá-lo para quem os serviu. daqui

domingo, 17 de março de 2013

Bolo de cacau, café e uísque

Bolo de cacau, café e uísque? Ah, por que não? Não bebo, nunca tive uma garrafa de uísque na vida, então um colega ofereceu a quantidade necessária para que eu fizesse a receita e levasse ao trabalho, então topei.

Receita fácil, sem batedeira, para comemorar o dia de Saint Patrick (tô brincando, não sou irlandesa e acho um tanto quanto curioso comemorar o dia de um santo com bebida alcoolica). O pessoal do trabalho gostou. O bolo fica bem escuro e pouco doce. Cheguei até a fazer um brigadeiro molinho para quem quisesse jogar por cima, mas alguns preferiram comer o bolo separado do brigadeiro – chocolate nunca é demais no meio de uma tarde no trabalho, não?



Bolo de cacau, café e uísque

(xícara de 240g)
1 ¼ xícara de cacau em pó (e mais um pouquinho  para untar a forma, se for o caso)
200g de manteiga derretida
1½ xícara de café forte, já preparado
½ xícara de uísque (da marca que vc preferir. Usei Johnny Walker red label)
2 xícaras de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo
1½ colher de chá de bicarbonato de sódio
½ colher de chá de sal
2 colheres de chá de extrato de baunilha
2 ovos grandes

Preaqueça o forno em 180º. Unte uma forma de buraco com manteiga e polvilhe cacau em pó (vc pode usar farinha, mas o cacau não deixa o bolo branco depois). Eu usei uma forma de silicone, então não precisei untar.
Em uma panela grande (melhor se tiver fundo grosso), derreta a manteiga. Adicione o uísque, o cacau peneirado e o café já preparado e mexa até dissolver o cacau (usei um fouet para facilitar), sempre em fogo baixo. Adicione o açúcar e mexa só até dissolver. Desligue o fogo, tire a panela de cima do fogão e deixe a mistura esfriar por uns 10, 15 minutos.
Em uma tigela, peneire o sal, o bicarbonato e a farinha. Reserve.
Bata os ovos com um garfo e adicione a baunilha, batendo mais até misturar. Adicione os ovos à mistura de cacau que está na panela (cuidando para que já não esteja quente, senão os ovos vão cozinhar) e mexa para misturar. Aos poucos, acrescente os ingredientes secos e já peneirados na panela, mexendo sempre com o fouet para misturar bem.
Despeje a massa na forma preparada e leve ao forno por cerca de 50 minutos. Faça o teste do palito para saber se já está assado.

sábado, 2 de março de 2013

niver 2




hoje quem faz aniversário é a caçulinha, natália. pra ela, parabéns e um bolo de kit kat!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

niver




hoje a mariana faz aniversário. parabéns pra ela!!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Bolo de gengibre com geleia

Este bolo é daqueles que deixam a casa com um cheirinho ótimo enquanto estão assando. Eu, como sempre, troquei ingredientes para aproveitar o que tinha em casa. Sou péssima para seguir receitas ao pé da letra! :)

Neste caso, troquei a geleia de laranja com casca (que me parece ótima, mas que eu teria de comprar) por uma geleia de cerejas pretas bem boa que tinha na geladeira. Depois fiquei pensando que poderia ter feito a geleia também, que é a coisa mais fácil do mundo de se fazer, mas, enfim. Fica pra próxima.

Pontinhas queimadas, mas bom mesmo assim!

Bolo de gengibre com geleia
daqui

- 225g de farinha de trigo
- 175g de manteiga em temperatura ambiente
- 175g de açúcar
- 3 ovos
- 1 colher de chá de fermento em pó
- 1 colher de chá de canela em pó
- 1 colher de chá de gengibre em pó
- 150g de geleia (a receita diz de laranja com casca, eu usei de cerejas pretas - esta aqui)

Preaqueça o forno em 180º. Unte uma forma com buraco no meio ou uma daquelas de bolo inglês (usei uma forma de silicone, sem untar). Na tigela da batedeira, peneire a farinha e depois acrescente os demais ingredientes. Bata até ficar bem homogêneo. Leve ao forno até dourar (o livro dá uma dica: se começar a dourar demais, cubra com papel alumínio). Faça o teste do palito para saber se já está assado. Deixe esfriar um pouco na forma e depois desenforme (pois é, não faça como eu, que desenformei o bolo muito quente e por isso ele rachou...). Na receita original, tem uma sugestão para aquecer 2 colheres de sopa de geleia e pincelar sobre o bolo. Aqui em casa, como meu marido não gosta de coisa muito doce e/ou melequenta, deixei para lá.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

repolho assado





já falei aqui um monte de vezes que sou adepta fervorosa de comidas fáceis, rápidas, que não sujam muitas panelas e, óbvio, que são gostosas, né?

repolho é uma verdura/hortaliça ótima de ter em casa, porque a gente compra e ele não estraga, fica lá guardadinho um tempão, até aparecer a oportunidade de ser usado.

bom, eu tinha um repolho na geladeira, esperando pra virar charuto, quando a mariana apareceu aqui em casa com essa receita que nem receita é, de tão fácil!

quer ver?

repolho assado

corte fatias de repolho com mais ou menos 3 cm de espessura.se as folhas estiverem abrindo, "feche-as" com alguns palitos (o meu era muito grande, então parti ao meio).
salpique sal e pimenta do reino, de preferência moída na hora.
regue com azeite.
leve ao forno médio/alto até que esteja macio e a superfície bem dourada, quase marronzinha, pra ficar crocante.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Mousse au chocolat, para lembrar uma amizade

Quando fui para Paris em 2011, passei alguns dias com o Junior, um grande amigo meu que se mudou para lá. Foi ótimo, ele me levou a lugares bem bacanas que não estão em guias de viagem e comemos em vários restaurantes legais.

Ele é uma pessoa com quem tenho tanto assunto, mas tanto assunto, que invariavelmente saímos para jantar e ficamos nos restaurantes até que os garçons praticamente implorem para irmos embora. Isso aconteceu na minha última noite em Paris, quando fomos ao restaurante preferido dele lá, o Chez Janou. Chegamos meio cedo e jantamos (brandade de bacalhau, deliciosa!). A sobremesa foi mousse au chocolat. Achei engraçada a forma de servir: eles te entregam um pote enorme cheio de mousse, e vc mesmo se serve da quantidade que quiser. E pode repetir e repetir, até cansar.

Fomos os últimos clientes do restaurante naquele dia. Nos despedimos na rua e eu fui para Praga já no dia seguinte.

Agora, sempre que penso em mousse de chocolate, penso no Junior e em Paris, nessa ordem.

A receita abaixo é fácil de fazer e não precisa ficar tanto tempo na geladeira. Fiz para a noite do réveillon. O resultado é uma mousse bem firme e densa, muito gostosa. O nome em francês é só uma frescurinha minha. Fica como homenagem ao amigo do coração e àquela última noite em Paris.



Mousse au chocolat
daqui

- 4 ovos em temperatura ambiente, claras separadas das gemas
- 200g de chocolate meio amargo (combinei uma barra 72% de cacau e outra 60%)
- 1 colher de sopa de rum (usei licor de uísque Drambuie, porque era o que tinha à mão** e porque tinha um cheiro gostoso que parecia combinar com chocolate – ficou bom)
- 1/4 xícara de açúcar

Pique o chocolate e, usando uma tigela refratária, leve ao microondas para derreter (vá colocando de 1 em 1 minuto até amolecer, mexendo entre as pausas). Deixe esfriar. Junte a bebida às gemas e depois misture isso ao chocolate já frio ou ainda um pouquinho morno (cuidado, se estiver quente, as gemas vão cozinhar), reserve. Bata as claras e o açúcar na batedeira: assim que ligar a batedeira e as claras começarem a espumar, junte a elas metade do açúcar; quando começar a firmar, jogue o restante do açúcar. Não precisa bater demais, basta que as claras fiquem firmes.
Junte um terço das claras à mistura de chocolate. Quando estiver homogêneo, misture o restante das claras, delicadamente, fazendo movimentos circulares de baixo para cima, apenas o suficiente para incoporar. Se mexer demais, vira um creme. Esta parte não foi muito fácil, pois o chocolate já estava um pouco duro. Mas deu certo.
Distribua em forminhas individuais (se quiser que gele mais rápido) ou em um pote maior, e leve à geladeira por pelo menos 3 horas.

** eu não bebo nada alcoolico, por isso é difícil ter bebidas em casa. Só tenho uma vodca que uso para fazer extrato de baunilha e umas mini garrafinhas de Drambuie. A história das garrafinhas é antiga: meu avô materno, Rubens, trabalhava em uma importadora e de vez em quando levava essas coisas para casa. Ele se foi em 2001, e minha avó Rosa guardava umas garrafinhas desde então, mas ela também não bebe nadica. Outro dia fui à casa dela e resolvi trazer as tais mini garrafas para mim, pensando mesmo em usar para cozinhar. 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Quiche de queijo de minas para recomeçarmos

O ano de 2012 não foi dos mais animados da minha vida. Um monte de coisa aconteceu, é claro, coisas bacanas e coisas ruins, como sempre. Mas cheguei ao fim muito cansada e com aquela sensação de que, no balanço geral, foi um ano estranho. Eu queria que acabasse logo, enfim.

(Sobre isso, um parêntese: é engraçado como vemos as coisas de maneira cíclica. O dia 1º de janeiro é apenas o dia seguinte ao dia 31 de dezembro, mas enxergamos como o fim de um ciclo e o início de outro. Na real, nada muda, mas não dá para escapar da sensação de recomeço. O que tem um lado bom, eu acho. Enfim.)

Um pouco antes do Natal, recebemos a notícia de que meu tio Pio, que vive na Suíça há 12 anos, viria ao Brasil para trabalhar por uns dias e iria passar o fim de ano conosco. O Pio é irmão da minha mãe e não vinha para cá há 5 anos – eu o encontrei em 2011, quando passamos um dia inteiro andando loucamente por Paris (nunca tinha andado tanto na vida, mas valeu cada passo, pelo lugar e pela companhia), mas o resto da família estava desde 2007 sem vê-lo, então dá para imaginar a saudade do povo.

A vinda dele deixou o fim do ano mais bacana para nós. Foi diferente, outros papos, outros ares. Amenizou o calor infernal que fez em Itu no Natal e minimizou um pouquinho os problemas e aflições que tínhamos na cabeça. Falo no plural porque sei que não falo só por mim.

Passamos o Natal em Itu, e eu voltei pra São Paulo um pouco antes do réveillon. Meus pais acabaram ficando em Itu, mas o Pio veio também. Combinei com ele, então, de fazermos um jantarzinho simples na noite do dia 31. Preparei antes uma mousse de chocolate (dou a receita depois) e combinamos de fazer uma quiche de queijo de minas, duas receitas que tínhamos visto no livro que ganhei de Natal da minha avó Rosa.

Bem gostoso e simples, nada de pratos rebuscados. A massa da quiche é mais chatinha de fazer, fácil mas com vários passos, algum tempo de geladeira... O recheio é bem tranquilo. Usamos uma forma pequena demais, sobrou um pouco de massa e de recheio. Aí, por sugestão do Pio, deixamos a massa para lá, colocamos o recheio que sobrou em caçarolinhas e assamos como suflê. Ficou ótimo também, e por isso já decidi que é assim que vou fazer daqui pra frente. Fica a dica.

O Pio voltou para o inverno suíço no dia 1º de janeiro. E nós ficamos aqui, passando calor e já com saudades. Mas começou outro ano, outro ciclo, e estamos todos com as esperanças renovadas. 2013 vai ser melhor para todos nós, não vai?



Quiche de queijo de minas
deste livro aqui

massa
- 2 xícaras de farinha de trigo
- 150g de manteiga gelada em cubinhos
- 5 colheres de água gelada
- 1 colher de chá de sal

Em uma tigela, misture rapidamente a farinha, o sal e a manteiga gelada, sem derretê-la. Acrescente a água gelada e misture tudo até conseguir formar uma bola. O livro dá a dica para a massa ficar mais crocante: mexa o mínimo possível e deixe pontinhos de manteiga aparentes, sem dissolver na farinha. Embrulhe a massa em plástico e deixe na geladeira por 2 a 24h.
Quando retirar da geladeira, vai estar beeem dura. Para facilitar, eu cortei em 4 pedaços e trabalhei um a um. Mas, de novo: trabalhe bem pouco a massa, deixando-a ainda gelada, para garantir a crocância. Abra a massa com um rolo (ou improvise, como eu tive de fazer: embrulhe uma garrafa de vidro com plástico-filme e use como rolo) sobre uma superfície lisa e enfarinhada, deixando-a em tamanho um pouco maior que a forma que vc vai usar. Enrole a massa no rolo e desenrole na forma, modelando com as mãos, apertando bem os cantos. Corte o excesso de massa com uma faca. Sobre a forma: use aquelas de fundo removível ou então uma forma refratária, com cerca de 20cm de diâmetro; quanto mais altas as bordas, melhor. Usei uma de cerâmica refratária e não precisei untar.
Leve a forma com a massa à geladeira novamente, por 10 minutos. Preaqueça o forno em 200º.
Cubra a massa com papel manteiga e despeje feijões crus sobre ele, para fazer peso ao assar a massa e não deixá-la inflar. Asse até dourar levemente a massa (no meu caso, foram 25 minutos).
Hora de fazer o recheio!

recheio
- 500g de queijo minas frescal amassado com garfo
- 2 colheres de sopa de manteiga derretida
- 5 ovos
- 1 1/2 xícara de leite integral
- 2 colheres de sopa de parmesão ralado
- 1 pitada de noz-moscada ralada na hora
- pimenta do reino moída na hora
- 1 colher de chá de sal (se o queijo estiver muito insosso, pode usar um pouquinho a mais de sal)

Preaqueça o forno em 180º (se vc acabou de fazer a massa, apenas abaixe a temperatura do forno quando começar a preparar o recheio). Bata bem os ovos usando garfo ou fouet. Acrescente o leite, o queijo amassado e a manteiga derretida e misture bem. Acrescente a noz-moscada, a pimenta do reino e o sal. Não se espante: o recheio é super líquido mesmo.
Monte a quiche: sobre a massa, espalhe uma colher de parmesão ralado. Despeje o recheio. Polvilhe com a outra colher de parmesão.  Leve ao forno até dourar (para mim, levou 1 hora). Retire do forno e deixe descansar por uns 15 minutos antes de servir.
Servimos com uma saladinha super simples: alface, rúcula, tomatinhos e palmito. Super bom!