segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Salada de arroz arbóreo, ervilhas e hortelã – e este calor que não dá trégua

E então o Natal passou... Aqui em casa foi bacana, família reunida, comida boa e o papai noel que, como sempre, foi um velhinho legal. Faltam pouquinhos dias para 2012 e o verão veio com tudo. Pelo menos estou tranquila, descansando um pouquinho da bagunça de São Paulo (que eu amo de paixão, mas de onde gosto de me afastar às vezes para ter um pouco de sossego).

Aqui, mais uma receita simples para o período de férias. Esta é mais fresca, bem apropriada para o calor que tem feito. Ela saiu de outro livro, o Gourmet Today, que tem 1000 receitas (sim!). Esse, infelizmente, não tem fotos. Quando algo me interessa, procuro por imagens da receita no google e acabo encontrando o que quero.

É bem fácil de fazer e depois de pronta eu percebi que o arroz arbóreo super pode ser substituído por arroz comum, embora eu tenha achado legal descobrir que dá para fazer outras coisas com ele além de risoto...
 

Salada de arroz arbóreo, ervilhas e hortelã

Do livro Gourmet Today, que eu comprei em uma super promoção aqui

- 2 xícaras de arroz arbóreo

- 1 pacote (300g) de ervilhas congeladas, mas já degeladas
- 1/4 xícara de azeite extra virgem
- raspas e suco de um limão siciliano
- sal e pimenta do reino moída na hora
- 1/3 xícara de folhas frescas de hortelã picadas na mão

Cozinhe o arroz em 2,5 litros de água fervente, com um pouco de sal, por 10 minutos. Acrescente as ervilhas e deixe no fogo até que o arroz esteja cozido. Escorra (use um escorredor de macarrão) e enxague com água fria. Passe para uma tigela. Para fazer o molho, misture o azeite, o suco e as raspas de limão, sal e pimenta do reino a gosto até emulsificar e o sal desaparecer (eu não uso sal, acho que apenas o que foi usado no cozimento do arroz e o limão são suficientes, mas é o meu gosto). Misture o molho ao arroz e deixe esfriar. Na hora de servir, misture as folhinhas frescas de hortelã e, se for preciso, acerte o tempero.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Muitos livros de receita e um macarrão bem simples

Virei a louca dos livros de receita de uns tempos para cá. Comprei, ganhei, botei na lista do Papai Noel... Gosto especialmente dos que têm fotos, mas, olha, sem frescura. Com livros estrangeiros, porém, tenho sempre um pezinho atrás: tão lindos, mas, sabe, ruibarbo? Carneiro, maple syrup? Não é bem a nossa realidade, né. Até dá para achar se vc mora nas grandes capitais, mas a que preço? Outras vezes, só não é nosso costume, uai.

Então, quando vou comprar livros importados, dou sempre uma folheada antes para ver se a coisa "flui" nesta terra onde, como em qualquer outro lugar do mundo, nem tudo dá (ou nem tudo combina).


Há uns dias comprei Apples for Jam, da Tessa Kiros. Paxonei pela capa (sim, sapatos em um livro de comida!) e pelas fotos, e as receitas também são bacanas. Nem todas, claro, mas tem muita coisa legal, algumas bem simples. Bem, eu ainda estou engatinhando no mundo das panelas, talvez as mais experientes não vejam tanta graça em algumas coisas.
Enchi o livro de post-its com as receitas que me deram vontade e o trouxe para meus dias de descanso em Itu. A primeira de todas é simples e, eu sei, nada inovadora, mas casou bem com a preguiça que o calor ituano dá, e também com o fato de que, oi, estou aqui para descansar... Apesar de não ser novidade nenhuma, achei legal postar esta receita porque é fácil, gostosa e porque eu queria falar do livro. Tá, era mais pra falar do livro mesmo... ;)







Massa com molho de tomate, atum e azeitonas
Adaptadozinho de Apples for Jam, que eu comprei aqui


- 1 pacote de massa da sua preferência, cozida daquele jeitinho básico 
- 1 cebola picadinha
- alho picado
- 1 lata de tomate pelado 
- 1 lata de atum inteiro (nunca uso ralado, acho o gosto péssimo) em óleo, já escorrido
- sal e pimenta
- azeitona preta
- folhinhas frescas de manjericão

Aqueça um pouco de azeite em uma panela e refogue a cebola e um tanto de alho (desculpem a imprecisão, mas sabem como é alho! Usamos só um dente). Acrescente o tomate pelado picado e o molho que vem junto na lata. Deixe apurar um pouco e então junte o atum, desfazendo os pedaços com garfo. Adicione um pouco de água e deixe apurar mais. Acrescente sal e pimenta do reino a gosto (cuidado com o sal, o atum e as azeitonas já são bem salgados!). Por fim, junte azeitonas pretas. Desligue o fogo e acrescente o manjericão. Sirva com a massa.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

vaso de cabeça pra baixo - parte 2

lembram do vaso de cabeça pra baixo? pois bem, depois de 6 meses o manjericão começou a ficar meio feinho, meio mirradinho, e resolvi que era hora de substituí-lo.

para o seu lugar, veio uma orquídea, linda e cheia de flores.



faz 1 mês que ela está lá e continua firme. vamos ver quanto tempo dura...





sábado, 17 de dezembro de 2011

arroz ao perfume de hortelã com damascos



nome chique, né? chique e gostoso, garanto!

receitinha publicada na revista manequim de dezembro/2011, como sugestão para ceia de natal. resolvi experimentar antes, pra evitar surpresas, e o prato foi aprovado!

arroz ao perfume de hortelã com damascos

3 xícaras de arroz cozido
2 xícaras de lentilhas cozidas
2 xícaras de hortelã fresca picada
3 colheres de azeite
1 e 1/3 xícara de figos secos picados
1 e 1/2 xícara de damascos secos picados
1 e 1/2 xícara de amêndoas laminadas

leve as amêndoas ao forno para tostar, mexendo para não queimar (tostamos na panela).
em uma tigela, misture o arroz cozido, a lentilha, as folhas de hortelã e o azeite, e misture.
acrescente 1 xícara de figos, 1 de damascos e 1 de amêndoas.
arrume na travessa e decore com os figos, damascos e amêndoas restantes.

obs: o prato é servido frio.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

festa de aniversário do theo: terror light




pois é, pessoal, o neto cresceu. 
dos temas fofos dos anos anteriores (o tema de 1 ano foi "cocoricó", e o de 2 foi "bichos da fazenda". o de 3 tá aqui, e o de 4  aqui )  ele pulou logo para o terror, mas um terror ligth, como convém a uma criança de 5 anos :)

como sempre, a decoração foi toda caseira, com inspiração em alguns blogs e transpiração nossa mesmo!

não sei se por ele estar maior, mas parece que essa foi a festa que ele mais curtiu. brincou o tempo todo, e nem comeu - não teve tempo!

presentes a família,  os amigões dos pais, dos avós e das tias, e os amiguinhos da escola com os pais. muito bom juntar todo esse povo!

a comida, pelo terceiro ano, foi do buffet  "a toca do coelho", que serviu mini dogs, mini pizzas, batata frita, salgadinhos e crepes.
eles só não forneceram o bolo e os docinhos, que são feitos pela dona arcília, doceira de mão cheia!

dessa vez a gente contratou um mágico pra distrair a meninada, o giovani bright. as crianças gostaram bastante, e o espetáculo terminou com o theo "fazendo" mágicas. foi hilário!

as fotos estão escuras pq reduzimos bastante as luzes do salão pra entrar no clima.







árvore com morceguinhos e teia de aranha






cupcakes corujinhas, trabalho conjunto da
mariana e da lissa, com inspiração daqui






a teia desses cupcakes era pra ser em glacê (veja). a lissa fez, mas quebrou :(
o jeito foi recorrer ao papel.



bolachinhas feitas pela suely, a outra vovó do theo. ficaram lindas! a gente tinha visto aqui



fantasminha


pirulitos de chocolate da rita, minha irmã,
com etiquetas adesivas feitas por uma amiga da lissa, baseada nessa




ao fundo, luminária envolvida em teia de aranha; na frente,
vassoura feita de saquinho de craft (daqui)



túmulo feito pela lissa (veja aqui a idéia)







esqueletos presos na teia, sob efeito da luz negra


luminária revestida com teia, e com uma aranha enorme!


demorei pra bolar o suporte pra esse fantasma: copos de
plástico incolor, com um pouco de sal grosso no fundo.
a idéia veio daqui



cobrimos a cortina do salão com tnt preto.




sacola da lembrancinha, com um pirulito de chocolate por fora



nesse pedaço de cortina que ficou descoberto,
os bichos aproveitaram pra se espalhar.



leques de papel laranja ajudaram a deixar o terror mais ligth.





essa caveirona que eu trouxe de lisboa ficou na frente da mesa.



detalhe de luz em volta da mesa.



os adultos também gostaram das tatuagens.

giovani, o mágico, transformando theo em mágico.


organizando a platéia para o mágico.
a bruxa de chapéu vermelho sou eu :)

paulo, o pai do theo, com o cérebro exposto.



elissa, a mãe, fantasiada de caveira mexicana.



a mariana foi de vampira.

assustadora!


bexigas com gás hélio, nas cores preta, roxa e laranja.


fizemos alguns pompons de papel de
seda, também em preto, laranja e roxo.



o aniversariante.

cama elástica é sempre garantia de diversão.



tomando conta das lembrancinhas, uma caveira brilhante.

esse diabinho tinha chifres luminosos.


ele já escolheu o tema da próxima festa, e nós já vamos começar a pensar como fazer...

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Bolo branco com castanha do Pará e limão – e o livro preferido neste momento

Confesso que desde que comprei o tal livro com receitas de bolos em Paris ando louca para testar tudo que tem lá. As fotos são super apetitosas e as receitas são explicadinhas, com fotos do passo a passo. Coisa de iniciante, tipo eu. O livro é parte de uma coleção que foi lançada em inglês, em francês e, olha que beleza, em português também. Este volume dos bolos, especificamente, eu não vi em português no site da editora.
A receita que fiz desta vez é de um bolo de manteiga. Bem, esse é o nome que o livro dá. De fato, vai muita manteiga, mas também tem limão e castanha do Pará (tá, a receita original usava amêndoas, mas, enfim). Por isso mudei o nome (e alterei de leve alguns dos ingredientes ou a quantidade deles).
É um bolo bem macio e a castanha do Pará (ou, vá lá, a amêndoa) dá um crocante discreto e bem gostoso, é um charme. Bolo para tomar com chá ou comer no café da manhã, sabem?

(passou um tantinho do ponto, mas ficou bem gostoso mesmo assim)


Bolo branco com castanha do Pará e limão

- 2 xícaras de açúcar (
- 225g de manteiga sem sal em temperatura ambiente
- 3 ovos + 3 gemas
- 3 xícaras de farinha de trigo
- 2 + 1/2 colheres de café de fermento em pó
- uma pitada de sal
- 300 ml de leite
- 1 xícara de castanha do Pará picada (a receita mandava usar amêndoas, troquei pelas castanhas e amei!)
- raspa de um limão (usei siciliano)

Preaqueça o forno a 180º. Unte uma forma redonda de buraco no meio (usei uma de silicone, que não precisa ser untada). Em uma tigela, peneire a farinha, o fermento e o sal e reserve. Bata a manteiga com o açúcar até ficar fofo (cerca de 5 minutos). Acrescente os ovos um a um, depois as gemas, batendo sempre. Acrescente a mistura de farinha e bata mais até ficar homogêneo. Por fim, junte o leite e bata por cerca de 3 minutos. Desligue a batedeira e, com uma colher, misture cuidadosamente a castanha e as raspas de limão na massa.
Despeje na forma e leve ao forno por cerca de 40 minutos, ou até dourar e o palito sair seco (vamos todos fingir que eu não deixei passar um tantinho do ponto – na foto dá para ver que a casquinha "dourou" um pouco demais, mas abafa!).
Se quiser fazer uma cobertura glaceada, misture 180g de açúcar de confeiteiro peneirado com duas colheres de manteiga sem sal derretida, depois acrescente o suco de um limão (também usei siciliano) e misture bem com um fouet. Despeje sobre o bolo e curta, é bem gostoso.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Torta de atum, a preferida dos amigos

Sabe aquelas receitas que sempre te pedem pra fazer? Esta torta de atum é a preferida dos meus amigos e colegas de trabalho: toda vez que combinamos de levar coisinhas de comer a algum lugar, ou que recebo os amigos em casa com um lanche, ela é a escolhida. Meu pai também gosta bastante, de vez em quando faço lá na casa da minha mãe quando rola aquela preguicinha de fazer jantar.

É uma receita super fácil. E é realmente gostosa. A massa é de liquidificador, mas é bem leve e pode ser recheada de mil outros jeitos (minha mãe inventou um recheio de legumes que, hmmm, é delicioso! Já fiz também com carne moída, frios etc.), use sua imaginação.


Torta de atum

recheio
- 2 latas de atum sólido em óleo, já escorrido
- 1/2 lata de milho
- cerca de 10 azeitonas verdes picadas
- 1 cebola
- 1 tablete de caldo de legumes
- pimenta do reino moída na hora

massa
- 2 ovos
- 2 xícaras de leite
- 1/2 xícara de óleo
- queijo a gosto (uso parmesão ralado ou um pedaço de queijo meia cura e coloco bastante, umas 3 ou 4 colheres de sopa)
- pimenta do reino moída na hora (opcional)
- cheiro verde a gosto (opcional)
- 10 colheres de farinha de trigo
- 1 colher de fermento em pó

Pré-aqueça o forno a 180º e unte com manteiga um recipiente de vidro refratário (não precisa polvilhar farinha, basta a manteiga). Gosto de usar um recipiente de vidro porque é possível ver o fundo da torta, que fica bem moreninho. Mas, se preferir, use uma assadeira.
Prepare primeiro o recheio: corte a cebola em fatias grossas e refogue rapidamente com um pouco de azeite, em fogo médio-baixo, só para dar uma leeeve amolecida. Não é preciso deixar a cebola realmente mole, isso vai acontecer dentro do forno depois. Acrescente o tablete desmanchado de caldo de legumes (uso aqueles com menos sódio, o atum já é bem salgado, as azeitonas também, ninguém precisa de sal demais!), misture bem e desligue o fogo. Só então acrescente o milho, as azeitonas, a pimenta do reino e, por último, o atum desmanchado com o garfo. Misture tudo e reserve.
No liquidificador, combine os ovos, o leite e o óleo. Acrescente o queijo ralado, a pimenta e, se quiser dar um toque verdinho à massa, um tanto de cheiro verde. Eu não coloco sal, o queijo já salga o suficiente, acredite. Bata mais. Com o liquidificador ligado, vá acrescentando a farinha de trigo às colheredas. Por último, coloque o fermento e bata somente até incorporar.
Na assadeira untada, despeje uma parte da massa – só o suficiente para cobrir todo o fundo. Espalhe por cima o recheio, com a ajuda de uma colher grande. Cubra tudo com o restante da massa. Leve ao forno por cerca de 40 minutos ou até dourar. Sirva quente ou à temperatura ambiente.

sábado, 26 de novembro de 2011

ao filho que vai nascer

no mullher 7x7 de hoje um post da jornalista brasileira martha m batalha me deixou muito emocionada. é uma carta dirigida ao filho que vai nascer nos estados unidos, com outros costumes, outra língua, longe do seu (dela) país.


"Gabriel,
Faltam três meses para você nascer. A primeira coisa que eu vou fazer quando você chegar é ver o quanto você se parece comigo ou com o seu pai. Mas, mesmo que você tenha meus olhos grandes e negros, mesmo que tenha a mesma carinha redonda, eu tenho medo de todo o resto ser muito, muito diferente de mim.
Você vai nascer americano.
Você nunca vai saber o que é poder andar o ano inteiro de short, camiseta e sandália Ortopé. Não vai saber o que e ir à feira domingos de manhã, não vai escutar o homem gritando na praia Biscooooito Globo. Não vai me ouvir reclamando porque você me pediu pra eu te levar pela centésima vez às grutas do Parque Lage. Não vai chorar porque os girinos que capturou no Jardim Botânico não aceitaram o pão que você deixou e apareceram boiando na tapeware com água depois de três dias. Você nunca vai saber o que é ir todos os anos na Loja Bonita pra comprar a roupa do seu aniversário. Não vai poder fugir para a casa dos avós quando brigar comigo. Não vai escutar a música do Jornal Nacional e saber que é hora de dormir. Vai pedir cupcakes em vez de bolo de milho. Sesame Street em vez de Sitio do Pica-Pau Amarelo.
É por isso que numa noite qualquer do meu futuro eu vou acordar com olhos arregalados e peito apertado que nem rosbife em barbante, pensando que você me esquecerá logo, porque a sua realidade vai ser completamente diferente da minha.
Pra você, junho não vai ser mês de festa junina, 12 de outubro não vai ser Dia das Crianças. Quem chegar por último não vai ser a mulher do padre e escolhas não serão feitas por unidunitê. Não vai ter primos pra brincar, não vai ter primos pra brigar. A Floresta da Tijuca não vai ser o seu quintal, e sua língua nunca vai ficar roxa de comer sacolé de uva. Você não vai ver Pluft no teatro Tablado e não vai ter medo da Cuca. Não vai saber o que é ter uma jabuticabeira no quintal ou torcer pelo Botafogo.
Mas ao menos vai saber o que é um choro do Pixinguinha e quem foi Vinícius de Morais. Porque eu vou estar na sua cama todas as noites contando histórias deste lugar de onde eu vim, lendo Lygia Bojunga e Monteiro Lobato. E quando não forem histórias de livro serão histórias de mim. Na sua cabeça, o Brasil vai se tornar esta terra distante e exótica, onde ainda é possível encontrar nas matas saci pererê e mula-sem-cabeça. Onde todo mundo dança por uma semana todo o ano. Onde espíritos de pretos velhos podem tomar pessoas. Onde um poeta chamado Chico colocou em versos toda a história do pais, e uma praia em frente a uma imensa lagoa contém as mulheres mais bonitas do mundo.
Vai ser tanto meu empenho em te formar  brasileiro que talvez eu consiga te fazer dividido como eu. Mas, olha, isso e bom. Existem várias janelas de se ver o mundo, e você terá pelo menos quatro – a brasileira, a americana, a portoriquenha e a cubana – consulte seu pai sobre as últimas duas, que de assuntos caribenhos entende ele.
Mas prometo não ser também completamente brasileira, pra me adaptar a este mundo que é todo seu e apenas metade meu. Prometo ser a melhor mãe americana que eu puder. Prometo aprender a fazer bolos em formato de castelos, balões e elefantes, só porque todas as mães dos seus amigos precisam ser parecidas com a Martha Stweart – e você precisa que eu seja parecida com a mae dos seus amigos. Prometo aprender a comer peru no Thanksgiving – desde que eu possa repetir a receita no Natal, porque Natal de verdade se faz com peru, calor e rabanadas. Prometo te vestir de Ninja para juntos batermos de porta em porta pedindo doces em 31 de outubro. Prometo um dia me esforçar e aprender a viver numa destas casas de subúrbio longe de tudo e para onde todos vão, pra que você tenha um jardim com balanço e casa na árvore. Prometo deixar você pedir no restaurante um cheesburguer duplo com batatas fritas com queijo e bacon, mas uma só vez por ano, e se o ano for bissexto. Prometo me esconder pra chorar quando você sair de casa aos 18 anos pra fazer faculdade, sabendo que poderá nunca mais voltar. Prometo não invadir o campo quando cinco trogloditas pularem em cima de você no jogo de futebol americano.
Não, isso eu não prometo.
Eu te prometo tudo (ou quase tudo), e só te peço uma coisa. Não se esqueça de onde você veio. Não se esqueça de que você é metade latino. Jamais tenha vergonha de falar espanhol ou português, mesmo quando você descobrir que existe uma hierarquia de culturas no mundo, e que o Brasil ou Porto Rico não encabeçam a lista. Perdoe sua mãe quando ela errar o passado de algum verbo irregular em inglês na frente dos seus amigos.
Agradeça em espanhol ao ajudante de garcon que limpar a mesa do restaurante em que você levar a sua namorada. Não finja que não entende português quando for a única pessoa do check in do vôo para o Rio com apenas uma mala, e estiver cercado por pessoas com bagagem suficiente para passar 40 anos no deserto e descobrir com Moisés a terra prometida. Não tenha vergonha do seu sobrenome Suarez Batalha, mesmo se você um dia tiver um emprego muito, muito chique, e só tenha Smiths, Alens, Caldwells e Williams como colegas. Você vai se chamar Gabriel pra levar a marca latina no nome e sobrenome. É isso o que os latinos dizem aqui, você sabia? Que todos eles nascem com uma marca. Você terá muito mais oportunidades do que a maioria dos latinos neste país, mas nunca deixará de ser um deles. Respeite todos os imigrantes – ilegais ou não. É sempre sofrido mudar de país, e a maioria deles veio de lugares tristes. E, de certa forma são mais do que você. Porque foram capazes de chegar onde chegaram com muito menos possibilidades.
É isso, Gabriel. Eu sei que você vai ser muito diferente de mim. Mas sei também que as palavras Eu te amo vão chegar no seu coração antes que I love you. E espero que a minha insistência faça você tão latino quanto eu. Mesmo quando você estiver quase se esquecendo de mim, jamais renegue o seu passado.
Se eu souber que isso aconteceu, só não vou baixar suas calças e bater na sua bunda cabeluda de homem feito porque meu olhar já fará o serviço."

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Bolo de chocolate com pimenta

Comprei um livro de receitas incrível na minha viagem para Paris, mas que, por ironia, é de uma autora inglesa. De qualquer forma, acho gostoso fazer bolos em francês! :)
Recebi amigas queridas em casa e queria fazer um bolo de chocolate gostoso para elas. Escolhi o gâteau au chocolat épicé, ou bolo de chocolate com especiarias. Mas, como tive de trocar um dos ingredientes, acabou se tornando um bolo de chocolate com pimenta.
Este é um bolo de massa firme-mas-levemente-esfarelenta, bem molhadinho, um tipo de brownie mesmo, doce na medida. Não usei muita pimenta porque sabia que uma das convidadas não é a maior fã das ardidinhas, mas por mim colocaria um pouquinho mais...


Bolo de chocolate com pimenta
levemente adaptado do livro Les gâteaux aux Maison, da Abi Fawcett

- 1/4 de colher de café de canela em pó
- 1 pitada caprichada de pimenta calabresa em flocos
- 1/4 de colher de chá de pimenta do reino moída na hora
- 1/4 de colher de chá de grãos de pimenta-rosa (a receita original usava 1/4 de colher de café de cardamomo em pó, mas eu não tinha e, na verdade, não me agrada 100%, por isso resolvi trocar pela pimenta-rosa)
- 300g de chocolate em barra (usei uma barra com 55% de cacau e uma de meio amargo – chocolate ao leite ficaria doce demais)
- 1/2 colher de chá de essência de baunilha
- 1 pitada de sal
- 100g de manteiga sem sal
- 3 ovos
- 100g de açúcar (3/4 de xícara)
- 75g de farinha de trigo (1/2 xícara + uma colher de sopa)
- 1 colher de chá de fermento em pó
(se quiser, use também 1 colher de sopa de conhaque, como manda a receita – eu não gosto e não usei)

Pré-aqueça o forno a 180º. Soque os temperos em um pilão e reserve. Derreta o chocolate em banho-maria, depois acrescente, aos poucos, a manteiga, a baunilha, os temperos e o sal (se for usar conhaque, acrescente-o também), misturando tudo com um fouet. Na batedeira, bata os ovos e o açúcar até obter uma massa leve. Combine o chocolate temperado à mistura de ovos e, depois, peneire a farinha e o fermento e misture com o fouet até ficar homogêneo. Leve ao forno em uma assadeira untada e enfarinhada de cerca de 20 cm (eu usei uma fôrma quadrada de silicone de 24 cm sem untar). Asse por cerca de 20 minutos. No teste do palito, ele deve sair com pequenos pedaços de massa, como acontece com o brownie.

domingo, 13 de novembro de 2011

Fim das férias, dia de preguiça = receita fácil e gostosa

Depois de umas boas férias, estamos de volta. Minha mãe esteve em Portugal, eu fiquei uns dias em Paris e em Praga. Tudo lindo, tudo gostoso, muitas receitas novas para testar! Já estamos preparando uma coisa ótima para o almoço do feriado do dia 15 de novembro, e eu estou com mil novidades gostosas também, coisas que vi e comi durante a viagem e receitas incríveis do livro que comprei em Paris.

Mas, tudo a seu tempo! Hoje acordei preguiçosa e com vontade de uma sobremesa fácil. Eu já tinha ouvido falar desse tal bolo tres leches, aí vi que a Janaina Fidalgo postou uma receita no blog do Paladar. É super fácil de fazer, eu levei menos de meia hora entre untar a forma e colocar tudo pronto para gelar. O bolo fica bem molhadinho, com sabor suave, e me fez lembrar aquele bolo gelado de coco que a minha avó fazia quando a gente era criança, embrulhado no papel alumínio... Comida é uma coisa tão sentimental, não é? Liguei correndo para contar para a minha avó da minha nova "descoberta".




Bolo tres leches
(obs: a Janaina inventou de acrescentar um outro "leche" também, o de coco, mas, por falta dele na despensa, eu fiz da maneira mais tradicional mesmo – mas deve ficar ótimo do jeito dela!)

5 ovos
1 xícara de chá de farinha de trigo
1 xícara de chá de açúcar
1 colher de sopa de fermento em pó
1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite (ela sugere o fresco, eu usei uma caixinha do normal)
2 latas de leite

Unte uma forma grande de buraco no meio e pré-aqueça o forno a 200 graus. Separe as claras e as gemas dos ovos. Bata as claras em ponto de neve e depois acrescente as gemas, batendo até ficar homogêneo. Desligue a batedeira e, na mão, misture a farinha, o açúcar e o fermento (eu costumo peneirar tudo) delicadamente. Leve para assar. No meu forno, levou cerca de 10 minutos, mas isso varia bem de forno para forno. Desenforme ainda morno dentro de uma vasilha funda. A mistura de leites vai ser despejada por cima e é bastante coisa, então a vasilha deve comportar tudo isso. Eu usei uma panela tipo caçarola.
No liquidificador, bata os três leites até misturar bem. Despeje por cima do bolo aos pouquinhos, para que a massa absorva bastante líquido.
Coma geladinho. É uma delícia.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Preguicite aguda

Bom, gente, já voltei de viagem, mas ainda estou no "modo férias", se é que vocês me entendem.
O marido está em casa, o que muda a rotina, e ajuda a dar aos dias um arzinho de feriado prolongado (e usa o computador o tempo todo, sobrando pra mim o ipad com esse maldito teclado com o qual não consigo me adaptar, demoro meia hora pra digitar um textinho).

A mariana está em paris desde o dia 20, e de lá vai para praga. Só volta no começo de novembro. saudades dela, pq não nos encontramos.

Amanhã provavelmente eu vou pra itu, e só volto semana que vem.

No dia 3 o theo vai fazer uma pequena cirurgia. Coisa simples, mas fica "de molho" por uma semana.

Bom, tudo isso pra dizer que os posts sobre portugal vão demorar um pouquinho mais, mas vão sair!

Tem mais de 2.000 fotos pra baixar e selecionar, e bastante coisa pra contar.

Aguardem!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

As armas e os barões assinalados

Meu pai sempre foi adepto de castigos, digamos, criativos. Quando eu era criança e aprontava alguma, ele me punha sentada copiando trechos de Os Lusíadas. Minha irmã, que era mais novinha, tinha de fazer trocentas vezes a tabuada do, sei lá, 7. Meu irmão, o filho do meio, deve ter feito os dois tipos, português e matemática. Só podíamos sair depois de terminar, e cada um dos filhos tinha um caderninho próprio, provavelmente para, na hipótese de ficarmos de castigo ao mesmo tempo, não haver confusão em relação ao primeiro a cumprir a "pena".
Tenho de confessar que essa "criatividade" me rendeu um acerto no vestibular, uma pergunta sobre a métrica dos versos do Lusíadas. Fica fácil fazer a divisão quando vc tem várias estrofes da coisa decoradas na cabeça, sabe como é. Tenho 30 anos e ainda sei a primeira estrofe toda, apesar de ter descoberto só agora que Taprobana era o nome antigo do Sri Lanka (poxa, não tinha Google na época).
Lmbrei disso tudo porque meus pais, que estão em Portugal, visitaram o túmulo do Camões em Lisboa e nos enviaram uma foto. Já estive lá também e, sabe, fiquei mais emocionada do que quando fui ao cemitério de Père-Lachaise visitar o Jim Morrison, e olhe que eu tinha 16 anos e estrelas do rock são muito importantes na vida das pessoas quando se tem 16 anos.
Camões, grande Camões.
Meu filho tá perdido.


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Muffin de doce de leite com pedacinhos de chocolate



Doce de leite é uma coisa boa demais, né? Eu estava fuçando nas receitas que tenho arquivadas e encontrei esta de muffin, bem fácil de fazer. Fiquei com água na boca e fui testar. A receita original é do Papel Manteiga. Usei pedacinhos de chocolate meio amargo, mas cobri alguns com doce de leite puro, pra adoçar a vida pra valer. Deixei outros sem cobertura, queria comer tomando um cafezinho.

A massa é firme e saborosa, e a receita rendeu 12 muffins.




Muffin de doce de leite com pedacinhos de chocolate

- 3/4 xícara de doce de leite (use um de qualidade)
- 1/4 xícara de leite
- 1/4 xícara de óleo
- 2 ovos
- 1 1/2 xícara de farinha de trigo
- 1 xícara de açúcar mascavo
- 1 colher de sopa de fermento em pó
- 1 xícara de chocolate picado (usei meio amargo)

Peneire em uma vasilha a farinha e o fermento, depois misture o açúcar mascavo e os pedacinhos de chocolate. Na batedeira, combine o doce de leite e o leite. Acrescente o óleo e os ovos, batendo bem. Depois, acrescente a mistura de farinha e, com um fouet ou uma espátula, mexa até combinar. Distribua pelas forminhas de muffin e leve ao forno pré-aquecido em 180º, por 15 a 20 minutos (no meu forno, foram só 15). Faça o teste do palito: se sair limpo, está pronto.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Das [muitas] receitas que não dão certo

Flan de leite e mel: bonitinho, né? Mas é tão ordinário que só provando para crer...
 
E aí minha mãe foi passear em Portugal e me deixou cuidando do blog. Na verdade, não foi só o blog que eu assumi na ausência dela: tenho ficado com o Theo, meu sobrinho, quase todas as noites depois de buscá-lo na escolinha. Com isso, sobra pouco tempo para cozinhar e publicar alguma coisa aqui.

Mesmo assim, e considerando que marido e eu também precisamos nos alimentar de outras coisas que não apenas misto quente, saí caçando receitas interessantes-porém-fáceis internê afora para testar e publicar.

O primeiro "achado", por assim dizer, foi um peito de frango do Jamie Oliver, com uma casquinha crocante com alho que poderia ser feito no forno. Não trabalhamos com fritura aqui em casa, portanto, parecia perfeito. Enquanto o Theo fazia desenhos incríveis na sala, fui pra cozinha fazer o tal frango. Um tempão depois, estava pronto e... absolutamente sem graça. Meio quilo de frango com gosto de porcaria nenhuma, nem o alho aparecia. Não vou culpar o Oliver, claro, vai ver fui eu que fiz alguma besteira pelo caminho.

Depois, resolvi aproveitar o sábado para fazer um flan de leite e mel ensinado pela Donna Hay. Só para dar um charme, usei forminhas bonitinhas. Na hora de testar, foi assim: o flan saiu certinho e todo lindo da forma, chacoalhante como só um flan poderia ser. Fiquei contentita e peguei uma colherinha para provar. E aí veio a frustração. Tanto leite integral e mel de qualidade desperdiçado, minha gente. O flan era um troço sem gosto, aguado, mais sem graça que o frango do Oliver. Era não, ainda é, que não criei coragem de desenformar os outros para jogar fora ainda, que dó.

Já fiz muita receita que, por um motivo ou por outro, ficou ruim, insípida, feia, chata e boba. Teve um bolo com farinha integral com gosto de coisa velha que foi todo pro lixo; uns docinhos de gengibre tão doces, mas tão doces, que duraram mais que a eternidade; muffins salgados tão horrorosos que não tiveram salvação; uma torta de cebola com uma textura medonha e gosto de coisa crua, apesar de bem assadinha. Enfim, já deu para entender, chega de enumerar fracassos.

Tudo isso pra dizer que não, hoje não tem receita nova, e também para estabelecer aqui um compromisso público de continuar tentando fazer coisas gostosas apesar dos tropeços pelo caminho. E vâmo que vâmo.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ora pois!

marido e eu vamos tirar umas férias e viajar pra portugal :)

enquanto eu como todo o bacalhau que conseguir, a mariana toma conta do blog.

na volta mostro fotos e conto como foi. só estou meio chateada pq estava esperando uma temperatura amena e vou chegar em lisboa com 30 graus, em pleno outono. vou torcer pra esfriar!

sábado, 1 de outubro de 2011

Batata assada crocante

Eu me cadastrei para receber e-mails diários com receitas do site da Martha Stewart*. Eles chegam por volta das 9 da manhã com fotos de comidas incríveis, e eu costumo abri-los pouco antes do almoço (acho que gosto um pouquinho de sofrer).

Há um certo tempo, chegou esta receita de batata assada crocante. É um prato com cara esquisita, mas absolutamente simples nos ingredientes e no preparo. Fiz como acompanhamento para um jantarzinho com o marido, que adorou e repetiu várias vezes. Minha mãe sempre diz que a gente mede o sucesso da comida pelo tanto que as pessoas repetem. Então, olha, este tava bom!

A batata fica crocante só em cima e bem macia na parte de baixo. Para cortar, usei uma faca mesmo, tentei no ralador e ficou muuuito fino, não deu certo. Abaixo, a receita levemente adaptada por mim.


Batata assada crocante

- 3 batatas grandes descascadas e cortadas em rodelas bem finas (quanto mais finas as rodelas, mais crocantes elas vão ficar no forno. Na hora de cortar, mantenha as fatias juntas, senão fica mais difícil de montar na vasilha depois)
- 1 cebola cortada em rodelas (não tão finas quanto as batatas. Cortei com mais que o dobro da espessura)
- 1 1/2 colher de sopa de manteiga sem sal derretida
- 1 1/2 colher de sopa de azeite
- sal e pimenta a gosto

Preaqueça o forno a 190 graus. Misture o azeite e a manteiga – não use margarina, não é a mesma coisa e vai influenciar demais o gosto final, quando vc provar as batatas vai perceber do que estou falando. Pincele com essa mistura uma vasilha com tamanho suficiente para as batatas. Arranje as batatas verticalmente na vasilha. Enfie fatias de cebola entre as batatas (a receita original usava echalotes, umas cebolas pequeninas, meio roxinhas, que eram espalhadas entre as batatas). Pincele o restante da mistura de manteiga e azeite sobre as batatas/cebolas e por cima jogue sal e pimenta a gosto. Usei pimenta do reino (moída na hora, sempre!), mas pode trocar por pimenta calabresa se for do seu gosto. Se quiser jogar umas ervinhas ou outro tempero, deve ficar bom também. Dona Martha usou raminhos de tomilho, por exemplo.
Leve ao forno até ficar macio em baixo e crocante por cima. No meu forno, levou 1 hora e 25 minutos.

Clique na foto para ver em tamanho maior

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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

e a coleção aumenta!

fui belo horizonte, o que significa, entre outras coisas, que aumentei minha coleção de galinhas.

descobri uma lojinha no mercado municipal de lá que me deixou fissurada! tive de me conter pra não comprar metade do estoque deles :)

além de galinhas de todos os modelos e materiais, eles têm aquelas familinhas de animais de vidro que são uma gracinha. acho que são fabricadas em poços de caldas.
não fotografei, mas comprei uma de galináceos (p/ mãe), de corujas (nora), de centopéias (irmã) e de cachorro salsicha (amiga), além de uma de galinha d'angola pra mim - essa com fotos, claro!

as outras lojas do mercado também têm uma vasta oferta de galinhas de madeira e de cabaça, uma mais linda que a outra.

da trem de ferro vieram 3: uma pra mim e as 2 que a cunhada mandou para o theo, que é tão aficcionado quanto eu.

além das mineiras, eu tinha ganho 3 italianas, que outra cunhada trouxe de murano no mês passado.



aa magrinhas são do mercado municipal, a gordinha é da trem de ferro.



as italianas são de vidro e vieram da cidade de murano

também de vidro, da lojinha do mercado municipal

família, da lojinha fofa do mercado.

da trem de ferro.