e o escritório vai virar um quarto

na casa de itu tínhamos um escritório bem pequeno, completamente abarrotado de livros de direito. eram 3 estantes de ferro, mais 2 armários de madeira, todos completamente cheios - e olha que os livros mais importantes, de maior uso, já foram trazidos pra são paulo, e estão no apartamento ou no trabalho do marido.

além dos livros propriamente ditos havia outras publicações, revistas, enfim, uma papelada sem fim.
tinha também uma escrivaninha pequena sobre a qual colocamos uma madeira enorme (na verdade uma porta), onde antigamente ficava o computador, a impressora e uma máquina de escrever - é, o marido ainda tem uma olivetti grandona, não sei pra quê :(
o computador e a impressora não existem mais, e a mesa estava absolutamente cheia de coisas inúteis, aliás, o escritório inteiro tinha virado um depósito.

a natália, filha caçula, há tempos vinha reclamando que não tinha um quarto pra ela - a casa, embora enorme, só tem 3 quartos. como o paulo e a mariana sempre se instalam primeiro quando a gente vai pra lá, ela, sozinha ou com o namorado, acaba sempre dormindo pelas salas.

bom, pra acertar isso, a gente resolveu desmontar o escritório e lá fazer um quarto pra ela.
pra guardar os livros, mandamos fazer um armário/estante no corredor.

a primeira e mais difícil etapa foi a de selecionar o que ficava, o que ia ser jogado fora e o que ia ser doado. passamos um final de semana inteiro fazendo isso. juro que meu amor pelo marido aumentou 1.700, como diz o theo! nunca pensei que ele, apegado às coisas como é, fosse conseguir se livrar de tanta tralha!

jogamos fora - pra reciclagem -  uns 6 ou 7 sacos de coisas absolutamente inúteis, como códigos de 1980, por exemplo. outros 10 sacos de livros em bom estado, mas inúteis para nós, vieram pra são paulo e foram doados para o lar escola são francisco.

o que sobrou coube na medida exata na estante que mandamos fazer e que foi instalada essa semana. olha só:

em 2 portas e nas gavetas ficaram lençóis e toalhas de banho e de mesa,
coisas que eu já guardava num armário baixo que havia nesse corredor.
nas outras 2 portas, papelada do marido.

agora precisamos pintar o cômodo, comprar uma cama, fazer uma cortina e pronto: a nati vai ter um quarto!

bela vista

quando estou em itu, é essa a vista que tenho de dentro da sala :)

jardim bastante judiado...

...pede mais a presença do dono

tem coisa mais delicinha?

theo em itu, sozinho na sala (todos dormindo),

compenetradíssimo, com o chapéu do avô, 

e sem calças...

itu, calor, piscina e papai noel

estou em itu desde 6ª feira, com o theo, a nana e o marido dela. o calor tá de rachar!

então, pra não derreter, a gente montou a nossa super, híper, mega, power piscina de 2,44 m de diâmetro e quase 2.500 litros de capacidade. olha, dá pra divertir e refrescar, viu?

quando não estamos na piscina, só com ventilador - tem pela casa inteira.
não dá ânimo nem pra sair de casa pra ir ao supermercado, quitanda, essas coisas. tô adiando ao máximo...

ontem à tarde nós fomos tomar sorvete ao lado da praça e achei o cúmulo a decoração de natal: 3 bonecos de neve!!! coisa mais típica, né? o sol de uns 35 graus refletia nos coitados dos bonecos e parecia até que eles derretiam...

tenho dó também dos coitadinhos que se vestem de papai noel. já pensaram no calor que passam dentro daquela roupa horrível de tecido sintético, toda fechada e arrematada por pelúcia? e a barba? e o chapéu? e a bota? meu cunhado que mora em jaguariúna passa por esse martírio todo ano. morro de pena!

o papai noel daqui deveria ser todo tropical, de bermuda e camiseta, óculos de sol, havaianas nos pés, não acham?

uns anos atrás eu coloquei um assim aqui no meu jardim, deitado na rede, tomando refrigerante de canudinho. ficou o máximo! de tradicional, só mantive a barba, pra saberem quem era :)

lavando a alma

quer coisa melhor que um banho de chuva num dia escaldante?

lu e theo em itu (carnaval/2010)

passarinhos na varanda

tenho uns beija-flores de madeira e latão na varanda de itu, que o netinho adora. foram comprados no depósito kariri, em são paulo, já há bastante tempo.

voltei lá recentemente e achei esses, lindos e coloridos. são de madeira balsa, levíssimos, e voam até com a brisa mais suave.

essa arara, por incrível que pareça, achei numa lojinha de 1,99 na av. liberdade. se bem me lembro custou R$ 12,00, e é de madeira balsa também.

gostei deles juntos!

pra não dizer que não falei das flores

estou saudosa da minha casa de itu. faz quase 2 meses que não vou pra lá.

fotos pra matar as saudades

sete léguas



lágrima de cristo



rabo de gato



helicônia




suculenta




parte do jardim visto da sala




orquídea




flor de romã




ganhei esse cacto do meu cunhado de belo horizonte.
ele é muito interessante. surgiu essa primeira "bola" em cima dele, nasceram várias florzinhas nela. as flores morreram, daí nasceu a segunda "bola", dessa vez meio torta, que também deu flores - essas coisinhas marrons são as florzinhas, já secas.
quero ver até onde vai essa arquitetura...

casa do interiorrr - 11

eu nasci e fui criada na roça, em cozinhas grandes, com fogões de lenha. cozinhas que eram o centro da casa, onde tudo acontecia e onde as pessoas se reuniam. cozinhas que tinham cheiros que variavam no decorrer do dia: café logo ao amanhecer, feijão e carne de porco no almoço, bolo ou bolinhos à tarde e sopa de feijão à noite... cozinhas que nunca ficavam frias nem silenciosas, porque o fogo aquecia e crepitava sem parar, e deixava sempre quente a comida em cima da chapa.

infelizmente, hoje eu tenho cozinhas pequenas, na casa e no apartamento e não tenho fogões de lenha. são tão pequenas, que nem mesas acomodam e, por consequência, também não acolhem muitas pessoas. é uma pena.

o filtro de barro faz a água fresquinha e gostosa.
ao fundo a despensa, que estava uma bagunça.





de outro ângulo.





e outro.






a cozinha original da casa tinha uma bancada alta, tipo balcão. eu reformei a cozinha e fiz questão de colocar essa mini-mesa, onde dá pelo menos pra 2 pessoas tomarem um cafezinho sentadas.









como não sobram paredes, colei os quadrinhos com fita banana na fórmica que separa a geladeira.






eu fiz a cortina, e ela é necessária porque bate muito sol à tarde, exatamente quando a gente está lavando a louça.




adoro imãs.





solitária.





galinhas por todo lado, lógico! essa daí é um puxa-saco.




mandei fazer essa prateleira especialmente para elas.





sobrou espaço, elas ocupam!





não falei?

feijoada

sábado passado, para comemorar meu aniversário, fizemos uma feijoada em casa (itu).

quem cuidou das panelas, com muita competência, foi a rita, minha irmã. já é o terceiro ano seguido que eu comemoro com feijoada, e sempre é ela quem faz, anteriormente com minha ajuda e, dessa vez, sozinha.

de sobremesa, além do bolo de chocolate que eu encomendei, a filha caçula fez o mousse de limão da cláudia, - com o dobro do limão que a receita pedia, mas ficou delicioso, bem azedinho - e eu fiz frutas assadas, um negócio super gostoso que eu faço de vez em quando pra comer comer puro ou com sorvete, e que depois posto a receita.

foi uma festinha ótima. o tempo parecia de encomenda: céu azul, sol e um friozinho próprio pra feijoada.
família e amigos, num total de 30, espalhados por 5 mesas no quintal e área da churrasqueira, cada uma com um vasinho de flores coloridas, bem alegres.

casa do interiorrr - 10

o hall de entrada, embora grande, é meio difícil de decorar por causa do formato.
ele é quadrado e com três portas, e só resta um canto onde dá pra colocar alguma coisa.

a mesa era da minha sogra. quando eu a conheci (a sogra) a mesa ficava num canto, meio jogada, com uma máquina de escrever em cima, e eu logo gostei dela. o tampo é retangular e giratório, o que me sempre me deixou curiosa sobre a utilidade original dela. se alguém souber me fala, tá?
tudo o que está em cima - menos o álcool de limpar as mãos, que não sei o que estava fazendo aí - foi presente da minha cunhada que mora em belo horizonte.

as galinhas, que vocês já viram aqui, eu não me lembro onde comprei (são tantas, que eu às vezes me confundo)

coloquei essa fadinha aí no natal, e acabei não tirando. comprei numa loja maravilhosa, quase no final da rua comendador abdo chaim, paralela à 25 de março.




dizem que dá sorte, sei lá... na dúvida, eles ficam aí, na porta que dá para o corredor





o galo fica na parede já do corredor. é de cobre esmaltado, e comprei no chile, pra ver se ele impunha um pouco de ordem na galinhada que tem lá em casa!

tem um quadro na parede oposta à mesa, mas eu me esqueci de fotografar, sorry!

mesa de centro - antes e depois

em 95, quando comprei uma casa em itu, antes da que tenho agora, comprei junto vários móveis dos quais a antiga proprietária queria se desfazer por problemas de espaço - estava se mudando para um apartamento.

entre todos, o que eu mais gostei foi uma mesa de centro enorme, pesadíssima, em madeira maciça, feita a partir de uma escrivaninha da qual se cortaram as pernas. ela tem 5 gavetas que têm de profundidade a largura da mesa, onde guardo uma quantidade enorme de revistas.

disse-me a mulher que a mesa era italiana, mas isso eu não posso garantir. tentei entabular uma conversinha no idioma, mas não tive resposta, não sei se porque ela não fala italiano ou porque mesas não falam mesmo, em nenhum idioma...

era envernizada, daquela cor bem escura e muito brilhante. tinha tudo a ver com a cara da mulher e a decoração da casa dela - cheia de coisas douradas e vermelhas, tapetes persas, espelhos e outros rococós. nada a ver com a minha, muito mais despojada.
entretanto, por absoluta falta de tempo pra eu mesma fazer e de dinheiro pra mandar fazer um trabalhinho de rejuvenescimento, ela ficou assim mesmo por algum tempinho.

num dia de fúria, quando minha irmã estava em casa com o marido - ela de repouso, não me lembro por qual razão -, comprei pintoff, 2 espátulas, 2 pares de luvas, estopa, e convoquei-o pra me ajudar a retirar todo aquele verniz antigo e seco.

foi um trabalho insano. quando chegamos na metade pensamos seriamente em largar tudo, mas aí não dava mais, né? em dois dias demos conta do recado. ficamos assim meio caidaços, mas ela ficou lá, dona da sala, lindona.

deixamos a mesa au naturel - ou originale caso a dita cuja seja mesmo italiana -, só com cera incolor. ficou muuuuito mais bonita, não acham?

antes

os dourados sobre a mesa são por conta da decoração natalina, viu?
(olha só o brilho, dá pra ver a vela refletida na mesa.)





depois

antes e depois

minha sogra tinha um móvel muito bonito, mas disfarçado sob várias e várias camadas de verniz escuríssimo, de lustra móveis e, porque não dizer, de poeira incrustrada, e com as portas destrambelhadas, que caíam quando abriam.

quando ela morreu eu disse às cunhadas e ao cunhado que queria ficar com ele e com uma mesinha. ninguém se incomodou, até porque ninguém gostava daquele trambolho grande, feio e escuro - estávamos na década de 80, época de móveis clarinhos e de linhas retas.

levei-o pra casa e, como não tinha onde por, ele ficou guardado na lavanderia um tempão, esperando pra ser restaurado e colocado num lugar legal.

quando me mudei pra itu eu mesma fiz um restauro meia boca, só retirando as camadas mais grossas de verniz e dando um jeitinho nas portas. ele continuou bem escuro, mas o pequeno clareamento já foi suficiente pra que aparecessem os trabalhos de entalhe que eu já imaginava que eram bonitos e revelasse o belo revestimento em rádica das portas.

por uns 15 anos ele ficou assim, até que um ataque de cupins no madeiramento interno me abrigou a mandá-lo a um restaurador.

quando voltou, nem eu acreditei no que vi: um móvel sem nenhum disfarce, só com sua cor natural, castanho claro, com várias nuances, com vários defeitos, do jeitinho que eu gosto!

não tenho nenhuma foto boa que mostre o antes, quando estava na casa da sogra, é uma pena. só tem o antes já com meia restauração feita por mim.

antes




depois

casa do interiorrr - 9

a varanda é bem estreita, mas dá pra colocar 2 redes e 2 bancos, um do lado do outro.

almofadas de chitão, que eu tenho que tirar todas as noites por causa de uns gatos que andam soltos por lá e adoram fazem xixi na casa dos outros



ao lado da mesinha (que precisa ser pintada) tem um vaso de renda portuguesa que meu pai me deu quando eu ainda morava em são paulo, da outra vez. como eu me mudei para o interior em 88, ela tem, no mínimo, 21 anos. depois disso eu já fiz 6 mudanças, e sempre recomendava aos carregadores que cuidassem dela com todo o carinho, e eles cuidavam. nunca quebraram um galhinho! agora ela está precisando ser replantada, porque o vaso está ficando pequeno.




presente de uma amiga





quando eu estou lá, gosto de colocar flores na jardineira