quinta-feira, 28 de junho de 2012

Sobre o egoísmo

Estava à toa na vida, navegando a esmo enquanto o Corinthians enfrentava o Boca e o marido pirava aqui do lado de nervosismo, e li isso aqui. Sabe quando parece que vc foi fonte de uma matéria, porque enxerga no texto exatamente uma experiência que viveu?

Há alguns poucos anos [ai, como eu sou jovem! :)], uma amiga então querida estava prestes a se casar quando simplesmente surtou (noiva-monstro!). Mandou um e-mail malcriado, desancando tudo o que era importante para mim (sabe tudo? Então. Tudo mesmo) apenas para dizer que estava "sentindo" que eu não iria ao casamento dela.

Aquele e-mail me magoou profundamente. Porque eu gostava dela. Porque ela foi egoísta e má. Porque, afinal, eu ia à porcaria do casamento. E porque talvez uma noiva pirada não esteja no melhor momento para "sentir" muita coisa.

Bem, eu não fui a lugar nenhum. Eu só chorei, nem respondi a ela. No fundo, eu esperava que, passado o nervosismo do casamento, ela se desculpasse pelas grosserias e pelo egoísmo da coisa toda. Mas isso não aconteceu, então, um tempo depois, acabei respondendo ao e-mail. Fui grossa, mas não me arrependo. Ela tinha sido incrivelmente egoísta (opa, já usei essa palavra antes? Ah, talvez eu ainda a use algumas vezes enquanto falar do assunto).

No fim, claro, rompemos a amizade. Não consigo sentir falta dela, a mágoa foi grande demais, não sobrou espaço para isso. Até tentei ser nobre e deixar para lá, mas não superei, so sorry.

Enfim, isso é só um desabafo, porque quando li aquele texto a coisa toda me voltou à cabeça.

Fica o alerta: vc vai se casar com a pessoa que ama? Ah, que gracinha, parabéns. Seus amigos com certeza torcem por vc e pela sua felicidade. Mas, sabe, eles têm vida própria. Com família, trabalho, amores e problemas só deles. Eles não pensam sobre o seu casamento o tempo todo.


Se alguém ficar surpreso com o que eu acabei de escrever, talvez deva repensar um pouco: o nome disso é egoísmo – e egoísmo não rima nada, nada com amizade.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Futebol e filé mignon au poivre

Ontem foi dia de chuva, passeio na Pinacoteca, Libertadores e filé mignon au poivre. Fazia tempo que eu queria tentar fazer esta receita, mas ainda não tinha ido atrás da pimenta do reino verde em conserva. Aí, na semana passada, fui passear no Mercadão e aproveitei para resolver o problema. Comprei um potinho da conserva no Empório Reno (box F12).
Enquanto marido tremia de ansiedade na sala pelo início de Corinthians x Santos, eu estava fazendo bifes na cozinha. Cada um com seu divertimento, né não?
A receita é super simples e ficou muito boa. Adaptei as quantidades para apenas 200g de carne. Servi com batatas hasselback e só.
Ainda bem que ficamos ambos felizes: a comida ficou ótima e o time dele vai à final do campeonato! (vou fingir que o meu São Paulo não perdeu para o Coritiba na Copa do Brasil...)

PS: agora tenho um tanto de conserva de pimenta do reino verde e preciso achar outras receitas com ela, porque vence em três meses...

(Foto péssima, tirada no celular para não deixar a comida esfriar)

Filé mignon au poivre
daqui

- 200g de medalhões de filé mignon (no meu caso, eram 4 medalhões de uns 50g cada)
- 150ml de caldo de carne (dissolvi 1/2 tablete de knorr vitalie nessa quantidade de água. Se tiver caldo "de verdade", manda ver, deve ficar ainda melhor)
- 1 colher de sobremesa de maizena
- manteiga
- sal
- pimenta do reino preta moída na hora
- 1 1/2 colher de sopa de pimenta do reino verde em conserva

Em uma panela pequena, aqueça o caldo de carne e misture a maizena aos poucos, usando um fouet para não empelotar, até engrossar. Reserve. Tempere a carne com sal e pimenta do reino preta a gosto (bom, é au poivre, então não pode ser pouca pimenta, certo?) e frite na manteiga. Despreze a manteiga derretida e use a mesma frigideira para terminar o molho: despeje nela o caldo já engrossado e mexa bem com o fouet para que tudo o que estava na frigideira seja incorporado ao molho. Deixe engrossar mais um pouquinho, depois junte os bifes e a pimenta em conserva. Prove o sal (eu não precisei acrescentar). Está pronto para servir.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Carne louca (as festas juninas estão aí!)

Feriado, frio e férias. Essa trinca de 'Fs' é minha vida atual. Tenho mil coisas para fazer nestes dias, mas não quero nem saber: vou cozinhar um monte! Nas últimas semanas, quase não fiz comida em casa, foi um tal de jantar na mãe, comprar pão ou pedir pizza...
Ontem, para começar, eu fiz sopa de feijão, brigadeirão e carne louca. Para a sopa, usei a receita que minha mãe passou há uns dias (ficou ótimo!) e o brigadeirão foi feito conforme esta receita aqui.
A carne louca fazia tempo que eu queria testar. Minha irmã fez uma vez com uma receita que pegou na internet, levou um pouquinho para mim, eu amei e pedi o link. Ela usou lagarto em vez de acém ou coxão duro, eu também fiz assim.
Ficou incrivelmente bom. E é uma receita que combina super com festa junina, não é? Eu a-do-ro festa junina!



Carne louca
receita original aqui

- cerca de 1 quilo de lagarto (usei uma peça com 1,2 quilo)
- alho
- vinagre
- 4 cebolas médias
- folhas de louro
- manjericão (usei fresco)
- molho de tomate
- 2 pimentões picados bem miudinho
- cheiro verde picadinho
- sal e pimenta do reino a gosto

Tempere a carne (cortei a peça em 3 pedaços, para facilitar) com sal, alho amassado e vinagre, e deixe marinando por uns 15 minutos. Na panela de pressão, aqueça um pouco de azeite e sele a carne, deixando dar uma leve dourada em todos os lados. Corte 2 cebolas em 4 pedaços cada e jogue na panela, junto com sal, uma folha de louro e um tanto de manjericão (use os temperos que preferir!). Cubra com água e tampe, levando ao fogo alto até sair a pressão. Depois, abaixe um pouco o fogo e deixe cozinhar por cerca de 1h20. A carne deve ficar bem macia.
Despeje tudo em uma tigela e separe os pedaços de carne (reserve o caldo e não lave a panela de pressão ainda), que devem ser desfiados bem fininho (para esta parte, sugiro sentar confortavelmente no sofá, ligar a TV ou colocar uma música que lhe agrade, com o prato no colo, para tornar a tarefa menos enfadonha – acho uma chatice desfiar carne).
Na mesma panela de pressão, refogue 2 cebolas picadas e uns 4 dentes de alho em um tanto de azeite. Acrescente a carne desfiada e mexa. Em seguida, devolva o caldo reservado à panela (a receita dizia para coar, eu preferi não fazer isso) e refogue um pouco a carne. Depois, acrescente o molho de tomate (usei uma caixinha, mas fui colocando meio a olho mesmo), o pimentão, mais manjericão, cheiro verde e pimenta do reino. Refogue mais um pouquinho e corrija o sal. Deixe em fogo bem baixo por bastante tempo, para que a carne praticamente desmanche, assim como o pimentão e os demais temperos. Mexa de vez em quando e, se for preciso, acrescente um pouquinho de água de vez em quando, para não secar demais.
Se vc aguentar esperar, esta carne fica ainda melhor no dia seguinte, servida quente com pão francês crocante.