dolce far niente

passei o dia hoje fazendo...nada! até o almoço foi um improviso: só fatiei um restinho de lombo, juntei uma cebola em rodelas, um pouquinho do próprio molho e deixei apurar. marido fez uma salada e pronto.

as filhas já voltaram pra são paulo ontem à noite, ficamos só eu e o marido aqui no interiorrr.

agora há pouco, andando de carro pela cidade, ele me perguntou se sinto falta daqui - eu estou ficando direto em são paulo há pouco mais de 2 anos, desde que nasceu o neto -, e eu pensei, pensei, e percebi que a única coisa da qual sinto falta, às vezes, é da casa, ou melhor, do espaço da casa. aqui dá pra cada um ficar num canto, fazendo uma coisa, quietinho, o que é impossível no apartamento.
em dia de futebol, por exemplo, é bem difícil ficar no mesmo cômodo que meu marido - ou em cômodos próximos. ele grita como um doido!

além disso, aqui tem passarinhos cantando, tem árvores, tem flores, tem ar puro, tem silêncio...
mas mesmo da casa, a falta que sinto é pequena. não me arrependo de ter aberto mão dela pra ficar junto com a família em período integral.

quanto à cidade, a gente na verdade nunca se sentiu daqui, porque não somos daqui, apenas viemos pra cá circunstancialmente, de passagem, então não sinto falta.

meus amigos daqui eu encontro aqui e em são paulo, tanto faz. basta um telefonema e a gente marca um teatro, um jantar... então a cidade não importa.

quer saber? quando a gente está de bem com a gente, qualquer lugar é bom!!